quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

dan2010: FHC na Opus Dei pelo impeachment

dan2010: FHC na Opus Dei pelo impeachment: Na terça-feira (3), em artigo publicado na Folha tucana, o jurista Ives Gandra da Silva Martins — um dos fundadores da seita fascistóide ...

FHC na Opus Dei pelo impeachment


Na terça-feira (3), em artigo publicado na Folha tucana, o jurista Ives Gandra da Silva Martins — um dos fundadores da seita fascistóide Opus Dei no Brasil no início da década de 1960 — defendeu a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Já nesta quarta-feira, o mesmo jornal informa que o advogado do ex-presidente FHC pediu ao renomado direitista um parecer jurídico sobre esta hipótese golpista. Durante a ditadura militar, o Opus Dei cresceu na sombra dos carrascos e torturadores; já o sociólogo FHC teve que deixar o país — há quem até hoje questione o seu “exílio”. Agora, porém, ambos estão unidos na orquestração contra o voto popular e a democracia. Aos 84 anos de idade, o ex-presidente joga definitivamente a sua biografia no lixo! Só falta aderir ao chicote e à cinta de silício dos adeptos mais fanáticos da seita gestada no franquismo da Espanha.

Em seu artigo, Ives Gandra afirma que estudou os artigos da Constituição e que, “à luz de um raciocínio exclusivamente jurídico, há fundamentação para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff”. Ele também revela que atendeu ao pedido do “eminente colega José de Oliveira Costa” para elaborar um parecer sobre o assunto. Só não explicita que o “eminente colega” é advogado de FHC. Sarcástico, Ives Gandra ainda fustiga que “fui contratado por ele — e não por nenhuma empreiteira”. Falso moralista, ele acha que o povo já esqueceu os inúmeros escândalos de corrupção da gestão tucana — como a bilionária “privataria” das estatais e a compra de votos para a reeleição de FHC, entre outros crimes.

Para o militante do Opus Dei, Dilma Rousseff é culpada pela “destruição da Petrobras”. Descarado, ele não diz que a estatal quase foi destruída e privatizada no triste reinado de FHC e que, nos últimos 12 anos, passou a figurar como uma das maiores petroleiras do mundo. Ele conclui que a insistência da presidenta Dilma “em manter a mesma diretoria que levou à destruição da Petrobras está a demonstrar que a improbidade por culpa fica caracterizada, continuando de um mandato ao outro. À luz desse raciocínio, exclusivamente jurídico, terminei o parecer afirmando haver, independentemente das apurações dos desvios que estão sendo realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público (hipótese de dolo), fundamentação jurídica para o pedido de impeachment (hipótese de culpa)”. O “parecer jurídico” é uma peça eminentemente golpista, já desnudada por outros renomados juristas.

A conspiração golpista

O pior, porém, é a motivação para a sua feitura. Segundo o jornalista Mario Cesar Carvalho, da Folha, “o parecer jurídico que diz haver fundamentos para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por causa dos escândalos na Petrobras foi encomendado por um advogado que trabalha para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e integra o conselho do Instituto FHC. O documento, escrito pelo advogado Ives Gandra da Silva Martins, foi solicitado por José de Oliveira Costa. O próprio Costa confirmou à Folha que trabalha para FHC: ‘Sou advogado dele’. Ele nega, no entanto, que o ex-presidente soubesse do parecer. Refuta também que o documento tenha caráter político: ‘Não tenho ligação nenhuma com o PSDB. Nem sei onde fica o diretório’”. Só mesmo um otário, bem tacanho, para acreditar nesta conversa fiada!

Antes da divulgação do artigo do militante do Opus Dei e da reportagem da Folha, o próprio FHC já havia insinuado com a possibilidade da abertura do processo de impeachment. No artigo intitulado “Chegou a hora”, publicado no Estadão de domingo (2), o ex-presidente utilizou sua linguagem empolada, típica do "sociólogo da Sorbonne", para indicar o caminho que a direita nativa deve seguir no próximo período. Segundo o "príncipe da privataria", o governo recém-eleito "já apodreceu". Prova disto são "as fraturas expostas na base aliada", "os esguichos da Lava-Jato", a crise energética e a retração da economia. Egocêntrico e ressentido, FHC não esconde a sua inveja doentia e prega abertamente a via golpista.

Para FHC, a presidenta Dilma "não tem condições para liderar" as mudanças políticas no país. "Daí minha insistência: ou há uma regeneração 'por dentro', governo e partidos reagem e alteram o que se sabe que deve ser alterado nas leis eleitorais e partidárias, ou a mudança virá 'de fora'. No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais. Resta, portanto, a Justiça. Que ela leve adiante a purga; que não se ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, aos delegados ou à mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas, desde que efetivamente culpados". A solução para a crise, prega FHC, deve ser dar via Poder Judiciário — um típico golpe paraguaio!

Esta trama confirma que está selada a aliança entre FHC, a oposição demotucana e a mídia golpista com a seita fascistóide Opus Dei. Como já disse, só falta o velhaco ex-presidente utilizar a cinta de silício dos adeptos mais fanáticos da seita!


Alfio Bogdan - Físico e Professor
Texto de Altamiro Borges em Contextolivre.com.br

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

dan2010: A disputa geopolítica do petróleo

dan2010: A disputa geopolítica do petróleo:  Texto composto e divulgado pela Contee A despeito das várias tentativas da “grande” imprensa brasileira de atribuir os resultados...

A disputa geopolítica do petróleo


 Texto composto e divulgado pela Contee

A despeito das várias tentativas da “grande” imprensa brasileira de atribuir os resultados financeiros, como quedas na Bolsa de Valores, apenas às denúncias de corrupção na Petrobras (que precisam ser rigorosamente apuradas), o próprio noticiário já não esconde que o preço do petróleo caiu em todo o mundo, o que beneficia grandes potências imperialistas.

Há uma disputa geopolítica em curso entre essas potências e os países emergentes. E esses interesses têm interferido diretamente na crise da Petrobras. Há que se recordar que, em 2013, com o leilão do Campo de Libras, as petroleiras norte-americanas ficaram de fora da exploração da enorme reserva da área do pré-sal. Em vez disso, o consórcio vencedor, com companhias chinesas associadas à estatal brasileira, favoreceu China e Brasil, dois dos principais países emergentes.


Diante desse quadro, a pressão da “grande mídia”, aliada de primeira ordem do capital estrangeiro, visa justamente o enfraquecimento e a desvalorização da Petrobras, de modo a modificar o regime da partilha e voltar ao de concessão. Para combater esse golpe é fundamental a união dos movimentos sociais e sindical e dos setores progressistas da sociedade em defesa da Petrobras. Porque preservá-la é defender o próprio papel estratégico do Brasil na geopolítica mundial.
Alfio Bogdan - Físico e Professor - 12/2/2015