quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
dan2010: Joaquim Levy x Mantega
dan2010: Joaquim Levy x Mantega: Se for para sugar a economia real, mais imposto agravará a recessão Se for apenas 'economizar' para pagar juros, teremos o cicl...
Joaquim Levy x Mantega
Se for para sugar a economia real, mais
imposto agravará a recessão
Se for apenas 'economizar' para pagar
juros, teremos o ciclo clássico dos ajustes fiscais de caráter recessivo, que
está liquidando as economias europeias.
J.
Carlos de Assis*// 20/01/2015
A
elevação das alíquotas de alguns impostos por Joaquim Levy contrapõe-se a um
dos maiores equívocos da administração Mantega no primeiro governo de Dilma. O
conjunto de exonerações determinado por este último em nome de um keynesianismo
mambembe de livro texto, sem considerar as condições monetário-fiscais
brasileiras, em lugar de contribuir para o crescimento do PIB foi um dos
principais fatores da estagnação em que nos encontramos.
O
pressuposto das exonerações fiscais é que seus beneficiários, principalmente
empresários, investiriam ou consumiriam imediatamente os recursos economizados
com impostos. O governo teria menos para gastar, mas os privados investiriam
mais. Dessa forma, estimulariam o crescimento. Entretanto, em face de um
consumo tendente à estagnação, e na presença de taxas de juros reais
extravagantemente elevadas num mundo de taxas básicas em nível zero, os empresários,
em lugar de investir, preferiram aplicar no mercado financeiro brasileiro ou simplesmente
remeter os lucros excedentes para o exterior. Assim, exportamos os impostos “economizados”.
Claro
que apenas manter a carga fiscal não teria resolvido o problema da estagnação.
Teria sido necessário que toda a carga de impostos original, antes da
desoneração, fosse aplicada, com o conjunto dos impostos, em investimentos ou
em consumo do setor público. Isso é óbvio, porque imposto significa retirar
recursos da economia, o que só pode ser contrabalançado em termos de
contribuição ao crescimento pelo gasto público ou privado. Quando se tira imposto
muito acima do gasto público não financeiro (superávit primário), se o privado
não investir na economia real a economia tende necessariamente à estagnação.
Desonerações
fiscais, nas condições brasileiras, significaram redução, e não aumento do investimento
na economia. Mas a mesma coisa acontece com o superávit primário. Nesse caso,
retiram-se recursos da economia para que sejam esterilizados na dívida pública
sob a forma de pagamento de juros e amortizações. Se as taxas de juros forem altas,
esses recursos não retornam à economia real. Diante disso, é preciso saber exatamente
o que Joaquim Levy pretende fazer com o aumento dos impostos. Se for apenas
“economizar” para pagar juros, teremos o ciclo clássico dos ajustes fiscais de
caráter recessivo, que está liquidando com a maioria das economias europeias.
Diante dessas
considerações, sou totalmente favorável, sob condições, à restauração da CIDE,
o imposto sobre a gasolina (22 centavos o litro) e o diesel (15 centavos). Ele
nunca deveria ter sido zerado em 2012. Na origem remota, a CIDE era um imposto
vinculado a investimentos sobretudo em logística, numa época em que tinha outro
nome (IUCLG). Graças ao imposto vinculado construímos uma vasta rede rodoviária.
Quando entramos em crise cambial e tivemos de recorrer ao FMI, o Fundo exigiu a
extinção dos impostos vinculados.
Um
dos últimos atos do Governo Fernando Henrique foi restaurar o imposto, porém
sem vinculá-lo a investimentos específicos. Em outras palavras, caiu no caixa
único do Tesouro. Se é para reverter à caixa única a fim de se fazer superávit
primário, sou frontalmente contrário à restauração da CIDE. É que basta
circular pelo país para concluirmos que precisamos de grades investimentos em
logística, o que não acontecerá apenas com PPPs, sobretudo agora que as grandes
empreiteiras enfrentam óbvias dificuldades em suas operações com o setor
público.
Joaquim Levy revelaria um
alto grau de sabedoria se mandasse ao Congresso um projeto de lei vinculando a
CIDE a investimentos em logística. De acordo com as faixas anunciadas do
tributo, deveremos ter uma arrecadação anual da ordem de R$ 2,8 bilhões de
acordo com o consumo de gasolina e diesel no ano passado. Parece pouco, mas não
se isso alimentar um Fundo de Investimento setorial. Uma arrecadação firme próximo
dos R$ 3 bilhões anuais para o Fundo, legalmente estabelecida, possibilitaria
um financiamento imediato de R$ 110 bilhões em rodovias, ferrovias e hidrovias
num prazo de 30 anos, com baixíssimo risco. Isso resolveria parte substancial
de nossos problemas logísticos
sábado, 24 de janeiro de 2015
dan2010: Afinal, o que pretende o juiz Moro e os condutores...
dan2010: Afinal, o que pretende o juiz Moro e os condutores...: A Operação Lava Jato já começou a investigar a participação das nove empreiteiras que tiveram executivos e dirigentes presos em sua sétima ...
Afinal, o que pretende o juiz Moro e os condutores de investigação?
A Operação Lava Jato já começou a investigar a participação
das nove empreiteiras que tiveram executivos e dirigentes presos em sua sétima
fase, começando pela construção da Usina de Belo Monte, uma das maiores obras
de infraestrutura do país; o leilão aconteceu no governo Lula, em 2010, quando
a presidente Dilma era chefe do gabinete civil; informação é da jornalista
Tereza Cruvinel, colunista do 247; segundo ela, "o que procura o juiz Sergio Moro e os condutores
da investigação é, mais uma vez, algo que atinja Dilma e o ex-presidente
Lula".
23 de janeiro de
2015
A Operação Lava Jato já começou a investigar a participação
das nove empreiteiras que tiveram executivos e dirigentes presos em sua sétima
fase, começando pela construção da Usina de Belo Monte, uma das maiores obras
de infraestrutura do país. O leilão aconteceu no governo Lula, em 2010, quando
a presidente Dilma era chefe do gabinete civil.
Em agosto de 2010, o governo fechou um
acordo garantindo que as 11 maiores empreiteiras do país participassem da execução
da obra no Xingu. As empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht
desistiram de participar, contrariadas com a redução do preço da obra para 15
bilhões de reais e ficaram fora do consórcio vencedor montado pelo governo,
através da Chesf e encabeçado pela Andrade Gutierrez. Depois do leilão, entretanto, as duas voltaram a se
interessar pela obra, mesmo com o deságio de 6% proposto pelos vencedores. O acordo garantiu o ingresso delas no
grande consórcio, que contou ainda com OAS,
Queirós Galvão, Mendes Junior, Coterm, Galvão Engenharia, Cetenco, Cerveng e
Melucelli.
O que procura o juiz
Sergio Moro e os condutores da investigação é, mais uma vez, algo que atinja
Dilma e o ex-presidente Lula.
Alfio Bogdan - Físico e Professor
Fonte: "Brasil 247"
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
dan2010: Não matarás! Dostoievsky ja falava contra a pena d...
dan2010: Não matarás! Dostoievsky ja falava contra a pena d...: Não matarás! Uma lembrança de Dostoievsky sobre a pena de morte Onde reside a razão da nossa repugnância frente à pena de morte?, questio...
Não matarás! Dostoievsky ja falava contra a pena de morte
Não matarás! Uma lembrança de Dostoievsky
sobre a pena de morte
Onde reside a razão da nossa repugnância frente à pena de
morte?, questiona o italiano Norberto Bobbio em um ensaio sobre o tema.
Marco
Aurélio Weissheimer
O brasileiro Marco Acher foi executado, por fuzilamento, sábado, na Indonésia. Ele foi condenado à morte por tráfico de drogas. Há outro brasileiro, Rodrigo Goularte, que também está no corredor da morte na Indonésia, pelo mesmo crime. Arrisquei mencionar o ocorrido para um taxista aqui em Porto Alegre na tarde deste sábado. Já imaginava qual seria a reação e minha expectativa não foi frustrada. O taxista defendeu a execução, a introdução da pena de morte no Brasil e sua aplicação a milhares de “bandidos e políticos”. “Vai ter uma fila quilométrica para as execuções”, emendou. Essa seria, para ele, a imagem de um Brasil decente: um país com filas de condenados aguardando para serem executados. Além disso, criticou a presidente Dilma Rousseff por ter pedido clemência ao presidente da Indonésia. Fiquei calado, ouvindo e pensando como é doloroso e difícil enfrentar esse debate.
Em um ensaio sobre a pena de morte, Norberto Bobbio faz uma retrospectiva histórica sobre o debate em torno da pena de morte, elencando argumentos favoráveis e contrários à prática. Não se trata de uma mera lista. Bobbio tem posição a respeito, que fica explicitada logo no título do ensaio, “Contra a pena de morte” (publicado no Brasil no livro “A Era dos Direitos”, Editora Campus). Logo no início ele adverte que o debate sobre a abolição da pena de morte, de uma perspectiva histórica, mal começou. “Durante séculos, o problema de se era ou não lícito (ou justo) c0ndenar um culpado à morte sequer foi colocado. Jamais se pôs em dúvida que, entre as penas a infligir a quem violou as leis da tribo, ou da cidade, ou do povo, ou do Estado, estivesse também a pena de morte (...)”, escreve Bobbio.
Será apenas no século XVIII que encontraremos pela primeira vez um debate aprofundado sobre a licitude ou conveniência da pena de morte, com a obra de Beccaria, “Dos Delitos e das Penas” (1764). “Trata-se da primeira obra”, assinala Bobbio, “que enfrenta seriamente o problema e oferece alguns argumentos racionais para dar-lhe uma solução que contrasta com uma tradição secular”. O debate sobre a pena de morte e, em particular, contra a pena de morte, tem, portanto, cerca de 250 anos de vida, um período muito pequeno diante de uma história de milhares de anos de mortes, crimes, punições e execuções.
Em seu ensaio, Bobbio resume algumas das principais teses utilitaristas, retributivistas e abolicionistas, a favor e contra a pena de morte. Para quem quiser conhecê-las, o link para a íntegra do artigo está disponível no início desse texto. Como defensor da extinção da pena de morte, gostaria apenas de destacar a passagem final do artigo de Bobbio onde ele lembra uma passagem de Dostoievsky e aponta o que considera ser o postulado ético central que embasa a posição contra a pena de morte. Ele identifica esse princípio a partir de uma limitação da tese utilitarista contra a pena de morte: “o limite da tese está numa pura e simples presunção, a de que a pena de morte não serve para fazer diminuir os crimes de sangue. Mas se se conseguisse demonstrar que ela previne tais crimes?” – indaga.
Neste caso, observa, teríamos de recorrer a outra instância de caráter moral, a um princípio posto como absolutamente indiscutível. E esse argumento, defende, só pode ser derivado do imperativo moral “não matarás”, que deve ser acolhido como um princípio de valor absoluto. Bobbio antecipa uma objeção a essa posição:
“Mas como? Poder-se-ia retrucar: o indivíduo tem o direito de matar em legítima defesa, enquanto a coletividade não o tem?”
Não, a coletividade não tem esse direito, responde Bobbio:
“A coletividade não tem esse direito porque a legítima defesa nasce e se justifica somente como resposta imediata numa situação na qual seja impossível agir de outro modo; a resposta da coletividade é mediada através de um processo, por vezes até mesmo longo, no qual se conflitam argumentos pró e contra. Em outras palavras, a condenação à morte depois de um processo não é mais um homicídio em legítima defesa, mas um homicídio legal, legalizado, perpetrado a sangue frio, premeditado. Um homicídio que requer executores, ou seja, pessoas autorizadas a matar. Não é por acaso que o executor da pena de morte, embora autorizado a matar, tenha sido sempre considerado como um personagem infame (...)”.
E acrescenta:
“O Estado não pode colocar-se no mesmo plano do indivíduo
singular. O indivíduo age por raiva, por paixão, por interesse, em defesa
própria. O Estado responde de modo mediato, reflexivo, racional. Também ele tem
o dever de se defender. Mas é muito mais forte do que o indivíduo singular e,
por isso, não tem necessidade de tirar a vida desse indivíduo para se defender.
O Estado tem o privilégio e o benefício do monopólio da força. Deve sentir toda
a responsabilidade desse privilégio e desse beneficio”.
Bobbio admite que esse raciocínio pode ser tachado de
“moralismo ingênuo, de pregação inútil.” Mas onde reside, então, a razão da
nossa repugnância frente à pena de morte? – questiona. Ele responde:
“A razão é uma só: o mandamento de não matar. Não vejo
outra. Fora dessa razão última, todos os demais argumentos valem pouco ou nada;
podem ser contraditos por argumentos que têm, mais ou menos, a mesma força
persuasória. Dostoiévski o disse magnificamente, quando pôs na boca do Príncipe
Michkin as seguintes palavras: “Foi dito: ‘Não matarás.’ E, então, se alguém
matou, por que se tem de matá-lo também? Matar quem matou é um castigo
incomparavelmente maior do que o próprio crime. O assassinato legal é
incomparavelmente mais horrendo do que o assassinato criminoso.”
Na mesma direção, Bobbio cita duas passagens do escritor
francês Victor Hugo (outro defensor da extinção da pena capital), em Os
Miseráveis:
“O patíbulo, quando está lá, erguido para o céu, tem algo de
alucinante. Alguém pode ser indiferente quanto à pena de morte e não se
pronunciar, não dizer nem sim nem não; mas isso só enquanto não viu uma
guilhotina. Quando vê uma, o abalo é violento: ele é obrigado a tomar partido a
favor ou contra.”
A segunda passagem narra uma experiência de Victor Hugo, quando tinha dezesseis anos e viu uma ladra que um carrasco marcava com ferro em brasa:
A segunda passagem narra uma experiência de Victor Hugo, quando tinha dezesseis anos e viu uma ladra que um carrasco marcava com ferro em brasa:
“Ainda conservo no ouvido, quarenta anos depois, e sempre
conservarei na alma, o espantoso grito da mulher. Era uma ladra; mas, a partir
daquele momento, tornou-se para mim uma mártir.”
A distância que existe entre essas palavras e o desejo de
filas de execuções manifestado pelo taxista dá bem uma ideia da distância que
ainda precisa ser percorrida para que o “Não matarás!” deixe de ser um
princípio contra intuitivo e estranho à nossa vida cotidiana.
Alfio Bogdan - extraído do Carta Maior.
dan2010: O estrago de agora foi implantado pela desatenção ...
dan2010: O estrago de agora foi implantado pela desatenção ...: PML originalmente no Brasil 247 Não dá para falar no perigo da falta de energia sem debater quem fez campanha permanente contra hidroelétri...
O estrago de agora foi implantado pela desatenção de então
PML originalmente no Brasil 247
Não dá para falar no perigo da falta de energia sem debater quem fez campanha permanente contra hidroelétricas
É inacreditável. Os cortes de energia ocorridos nos últimos dias têm sido usados por economistas e observadores ligados à oposição para sua revanche diante dos benefícios obtidos pela população mais pobre nos últimos anos e tentar desgastar o governo.
O argumento é sentimental: dizer que ocorreu uma grande ampliação do consumo, em particular de eletro-domésticos, mas lamentar em tom lacrimoso que não houve um aumento correspondente na oferta de energia.
O truque é esconder o que ocorreu com nossa oferta de energia — e quem é responsável pelo que acontece agora. Não estamos falando de um episódio que aconteceu ontem ou na semana passada nem há dois anos, mas de uma política de décadas.
Qualquer que seja a causa real para os cortes de energia dos últimos dias, a verdade é que o país estaria em situação muito mais segura e confortável se não tivesse sido obrigado a enfrentar — e ceder — diante de pressões poderosas, ocupadas em atrasar os principais investimentos no setor, com argumentos razoáveis, absurdos ou apenas estúpidos mas que, na prática, apenas contribuíram para enfraquecer o desenvolvimento do país. O governo Lula-Dilma encontrou o dinheiro, fez o projeto, definiu como seria feito — mas foi impedido de seguir em frente, por campanhas políticas, de marketing, ou através da judicialização do debate.
Segunda maior hidroelétrica do país, a terceira maior do mundo, Belo Monte é um projeto de três décadas, que sofre um massacre sistemático e agressivo, inclusive campanhas internacionais com estrelas de Hollywood, onde se multiplicaram ações na Justiça e repentinas preocupações com o bem-estar dos trabalhadores dos canteiros de obras apenas para justificar o apoio a todo tipo de paralisação. Poderia estar pronta, contribuindo para acender lâmpadas no país inteiro, mas só vai entrar em funcionamento no ano que vem. Irá produzir menos da metade de seu potencial porque a pressão ecológica levou a uma reforma do projeto para agradar entidades ambientalistas. Alfio Bogdan.
Não dá para falar no perigo da falta de energia sem debater quem fez campanha permanente contra hidroelétricas
É inacreditável. Os cortes de energia ocorridos nos últimos dias têm sido usados por economistas e observadores ligados à oposição para sua revanche diante dos benefícios obtidos pela população mais pobre nos últimos anos e tentar desgastar o governo.
O argumento é sentimental: dizer que ocorreu uma grande ampliação do consumo, em particular de eletro-domésticos, mas lamentar em tom lacrimoso que não houve um aumento correspondente na oferta de energia.
O truque é esconder o que ocorreu com nossa oferta de energia — e quem é responsável pelo que acontece agora. Não estamos falando de um episódio que aconteceu ontem ou na semana passada nem há dois anos, mas de uma política de décadas.
Qualquer que seja a causa real para os cortes de energia dos últimos dias, a verdade é que o país estaria em situação muito mais segura e confortável se não tivesse sido obrigado a enfrentar — e ceder — diante de pressões poderosas, ocupadas em atrasar os principais investimentos no setor, com argumentos razoáveis, absurdos ou apenas estúpidos mas que, na prática, apenas contribuíram para enfraquecer o desenvolvimento do país. O governo Lula-Dilma encontrou o dinheiro, fez o projeto, definiu como seria feito — mas foi impedido de seguir em frente, por campanhas políticas, de marketing, ou através da judicialização do debate.
Segunda maior hidroelétrica do país, a terceira maior do mundo, Belo Monte é um projeto de três décadas, que sofre um massacre sistemático e agressivo, inclusive campanhas internacionais com estrelas de Hollywood, onde se multiplicaram ações na Justiça e repentinas preocupações com o bem-estar dos trabalhadores dos canteiros de obras apenas para justificar o apoio a todo tipo de paralisação. Poderia estar pronta, contribuindo para acender lâmpadas no país inteiro, mas só vai entrar em funcionamento no ano que vem. Irá produzir menos da metade de seu potencial porque a pressão ecológica levou a uma reforma do projeto para agradar entidades ambientalistas. Alfio Bogdan.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
dan2010: SOBRE O OCORRIDO NA FRANÇA DE HOLLANDE
dan2010: SOBRE O OCORRIDO NA FRANÇA DE HOLLANDE: Zizek: Pensar o atentado ao Charlie Hebdo Ú Quem não estiver disposto a falar criticamente sobre a democracia liberal deve também se cala...
SOBRE O OCORRIDO NA FRANÇA DE HOLLANDE
Zizek:
Pensar o atentado ao Charlie Hebdo
ÚQuem não estiver disposto a falar criticamente sobre a democracia
liberal deve também se calar sobre o fundamentalismo religioso.ç
Slavoj
Zize - Blog da Boitempo // 13/01/2015
ÚÉ agora — quando estamos todos em estado de choque
depois da carnificina na sede do Charlie Hebdo — o momento certo para encontrar coragem para pensar. Agora, e não depois,
quando as coisas acalmarem, como tentam nos convencer os proponentes da
sabedoria barata: o difícil é justamente combinar
o calor do momento com o ato de pensar. Pensar quando
o rescaldo dos eventos esfriar não gera uma verdade mais balanceada,
ela na verdade normaliza a situação de forma a nos permitir evitar as verdades
mais afiadas. [ele admite discutir no calor das
ocorrências]
Pensar significa ir adiante do pathos da
solidariedade universal que explodiu nos dias que sucederam o evento e
culminaram no espetáculo de domingo, 11 de janeiro de 2015, com grandes
nomes políticos ao redor do globo de mãos dadas, de Cameron a Lavrov, de
Netanyahu a Abbas – talvez a imagem mais bem acabada da falsidade
hipócrita. O
verdadeiro gesto Charlie Hebdo seria ter publicado na capa do semanário
uma grande caricatura brutalmente e grosseiramente tirando sarro desse evento,
com cartuns de Netanyahu e Abbas, Lavrov e Cameron, e outros casais
se abraçando e beijando intensamente enquanto afiam facas por
trás de suas costas.
Devemos, é claro, condenar sem ambiguidade os homicídios como um ataque contra a essência de nossas liberdades, e condená-los sem nenhuma ressalva oculta (como quem diria “Charlie Hebdo estava, todavia, provocando e humilhando os muçulmanos demais da conta”). Devemos também rejeitar toda abordagem calcada no efeito mitigante do apelo ao “contexto mais amplo”: algo como “os irmãos terroristas eram profundamente afetados pelos horrores da ocupação estadunidense do Iraque” (OK, mas então por que não simplesmente atacaram alguma instalação militar norte-americana ao invés de um semanário satírico francês?), ou como “muçulmanos são de fato uma minoria explorada e escassamente tolerada” (OK, mas negros afro-descendentes são tudo isso e mais e, no entanto, não praticam atentados a bomba ou chacinas) etc. O problema com tal evocação da complexidade do pano de fundo é que ele pode muito bem ser usado a propósito de Hitler: ele também coordenou uma mobilização diante da injustiça do tratado de Versalhes, mas no entanto era completamente justificável combater o regime nazista com todos os meios à nossa disposição. A questão não é se os antecedentes, agravos e ressentimentos que condicionam atos terroristas são verdadeiros ou não, o importante é o projeto político-ideológico que emerge como reação contra injustiças.
Devemos, é claro, condenar sem ambiguidade os homicídios como um ataque contra a essência de nossas liberdades, e condená-los sem nenhuma ressalva oculta (como quem diria “Charlie Hebdo estava, todavia, provocando e humilhando os muçulmanos demais da conta”). Devemos também rejeitar toda abordagem calcada no efeito mitigante do apelo ao “contexto mais amplo”: algo como “os irmãos terroristas eram profundamente afetados pelos horrores da ocupação estadunidense do Iraque” (OK, mas então por que não simplesmente atacaram alguma instalação militar norte-americana ao invés de um semanário satírico francês?), ou como “muçulmanos são de fato uma minoria explorada e escassamente tolerada” (OK, mas negros afro-descendentes são tudo isso e mais e, no entanto, não praticam atentados a bomba ou chacinas) etc. O problema com tal evocação da complexidade do pano de fundo é que ele pode muito bem ser usado a propósito de Hitler: ele também coordenou uma mobilização diante da injustiça do tratado de Versalhes, mas no entanto era completamente justificável combater o regime nazista com todos os meios à nossa disposição. A questão não é se os antecedentes, agravos e ressentimentos que condicionam atos terroristas são verdadeiros ou não, o importante é o projeto político-ideológico que emerge como reação contra injustiças.
Nada
disso é suficiente – temos que pensar adiante. E o pensar de que
falo não tem absolutamente nada a ver com uma relativização fácil do crime (o mantra do “quem
somos nós ocidentais, que cometemos massacres terríveis no terceiro mundo, para
condenar atos como estes?”). E tem menos ainda a ver com o medo
patológico de tantos esquerdistas liberais ocidentais de sentirem-se
culpados de islamofobia. Para
estes falsos esquerdistas, qualquer crítica ao Islã é rechaçada como expressão
da islamofobia ocidental: Salman Rushdie foi acusado de ter provocado
desnecessariamente os muçulmanos, e é, portanto, responsável (ao menos em
parte) pelo fatwa que o condenou à morte etc.
O resultado de tal postura só pode ser esse: o quanto mais
os esquerdistas liberais ocidentais mergulham em seu sentimento de culpa, mais
são acusados por fundamentalistas muçulmanos de serem hipócritas tentando
ocultar seu ódio ao Islã. Esta constelação perfeitamente reproduz o paradoxo do
superego: quanto
mais você obedece o que o
outro exige de você, mais culpa sentirá. É como se o
quanto mais você tolerar o Islã, tanto mais forte será sua pressão em você…
É
por isso que também me parecem insuficientes os pedidos
de moderação que surgiram na linha da alegação de Simon Jenkins (no The Guardian de
7 de janeiro) de que nossa tarefa seria
a de “não exagerar a reação, não sobre-publicizar o impacto
do acontecimento. É tratar cada evento como um acidente passageiro do
horror”
– o atentado ao Charlie
Hebdo não foi um mero “acidente
passageiro do horror”. Ele seguiu uma agenda religiosa e política precisa e foi
como tal claramente parte de um padrão muito mais amplo. É claro que não devemos
nos exaltar – se por isso compreendermos não sucumbir à islamofobia cega – mas devemos implacavelmente analisar
este padrão.
O que é muito mais necessário que a
demonização dos terroristas como fanáticos suicidas heroicos é um
desmascaramento desse mito demoníaco. Muito tempo atrás, Friedrich Nietzsche percebeu
como a civilização ocidental estava se movendo na direção do “último homem”,
uma criatura apática com nenhuma grande paixão ou comprometimento. Incapaz de sonhar,
cansado da vida, ele não assume nenhum risco, buscando apenas o conforto e a
segurança, uma expressão de tolerância com os outros: “Um pouquinho de
veneno de tempos em tempos: que garante sonhos agradáveis. E muito veneno no
final, para uma morte agradável. Eles têm seus pequenos prazeres de dia, e seus
pequenos prazeres de noite, mas têm um zelo pela saúde. ‘Descobrimos a felicidade,’
dizem os últimos homens, e piscam.”
aLFIO bOGDAN - Físico e Professor
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
dan2010: Debaixo de tanto tiroteio, a Petrobras torna-se a ...
dan2010: Debaixo de tanto tiroteio, a Petrobras torna-se a ...: A Petrobras tornou-se a maior produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto no mundo, após superar a norte-americana ExxonMobil...
Debaixo de tanto tiroteio, a Petrobras torna-se a maior do mundo
A Petrobras tornou-se a maior
produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto no mundo, após
superar a norte-americana ExxonMobil no terceiro trimestre de 2014, informou a
petroleira estatal nesta quinta-feira.
A ExxonMobil produziu 2,065 milhões de
barris de petróleo por dia (bpd) no terceiro trimestre, segundo o balanço da
companhia, enquanto a Petrobras produziu 2,209 milhões de barris/dia no mesmo
período.
Quando somadas as produções de óleo e
gás, a Petrobras ainda ocupa a quarta posição no ranking, ponderou a estatal.
A notícia positiva acontece em um
momento em que o preço do petróleo atingiu mínima de diversos anos no mercado
internacional, reduzindo a receita com a venda do produto no exterior, enquanto
a companhia ainda é alvo de acusações de envolvimento em esquemas de desvio de
dinheiro.
Apesar do cenário ruim, que tem feito
as ações da Petrobras sofrerem na bolsa, a empresa comemora um bom momento de
resultados operacionais, após diversos atrasos na entrada em operação de
plataformas.
De acordo com a petroleira, ela também
foi a empresa que mais aumentou a sua produção de óleo, tanto em termos
percentuais quanto absolutos, em 2014 até setembro.
"Nos nove primeiros meses de
2014, a Petrobras e a ConocoPhillips foram as únicas empresas de capital aberto
que registraram aumento de produção de petróleo", afirmou a estatal.
"No caso da Petrobras, esse aumento foi de 3,3 por cento e, da Conoco, de
0,4 por cento."
A Petrobras destacou ainda que bateu
novo recorde de produção, de 2,286 mil bpd de óleo, em 21 de dezembro, e frisou
que atingiu no pré-sal do Brasil, junto com outras petroleiras, o recorde de
700 mil bpd em 16 de dezembro.
Segundo a companhia, em 2014 foram
adicionados 500 mil bpd de capacidade, com a entrada em operação de quatro
novas unidades de produção.
"Esse volume será gradativamente
incorporado à produção, garantindo que em 2015 a empresa continue aumentando a
produção de óleo e gás", afirmou.
Entretanto, a P-61, uma das
plataformas programadas para o ano passado, que inicialmente entraria em
operação em 2013 no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, não havia começado
a produzir até o final de dezembro.
O crescimento na produção em 2014,
após pesados investimentos nos últimos anos, ocorreu depois de dois anos de
recuo na extração no Brasil.
Em sua última previsão, a estatal
previu elevar a produção de petróleo no país entre 5,5 e 6 por cento em 2014,
abaixo da meta de 7,5 por cento traçada inicialmente no ano passado, em meio a
atrasos na entrega de equipamentos.
A empresa ainda não divulgou a
produção fechada de dezembro.
Alfio Bogdan - Físico e Professor
Fonte: Brasil 247
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
dan2010: Brasileiros e Brasileiras, a Petrobras é maior do ...
dan2010: Brasileiros e Brasileiras, a Petrobras é maior do ...: 1º de janeiro de 2015 — Discurso da Presidenta após a posse no Congresso Nacional. Num dos trechos mais importantes do seu discurso, a ...
Brasileiros e Brasileiras, a Petrobras é maior do que quaisquer crises!!!
1º de janeiro de 2015 — Discurso da Presidenta
após a posse no Congresso Nacional.
Num dos trechos mais
importantes do seu discurso, a presidente Dilma Rousseff falou sobre a Petrobras
e disse que é preciso combater o 'cerco especulativo' contra a empresa;
"Não podemos permitir que a Petrobrás seja alvo de um cerco especulativo
dos interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de
conteúdo local, que asseguraram ao nosso povo, o controle sobre nossas riquezas
petrolíferas", disse ela; "A Petrobras é maior do que quaisquer
crises e, por isso, tem capacidade de superá-las e delas sair mais forte",
enfatizou Dilma; confira a íntegra do discurso. Não se deixa impressionar pelo
tamanho do texto. Leia inteire-se procure adonar-se do conhecimento por inteiro.
Acesse o link a seguir:
Alfio Bogdan - Físico e Professor - já em 2015.
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