domingo, 30 de novembro de 2014

dan2010: Dias Toffoli seria o nosso Silvério dos Reis?

dan2010: Dias Toffoli seria o nosso Silvério dos Reis?: Postado inicialmente no  jornalggn.com.br .  Ú O processo de impeachment exige aprovação de 2/3 do Congresso. † Já a rejeição das contas ...

Dias Toffoli seria o nosso Silvério dos Reis?

Postado inicialmente no jornalggn.com.br
ÚO processo de impeachment exige aprovação de 2/3 do Congresso. Já a rejeição das contas impede a diplomação. A decisão fica com o Judiciário. Este é o golpe paraguaio.
Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.
As etapas do golpe são as seguintes:
Æ1. Na quinta-feira passada, dia 13, encerrou o mandato do Ministro Henrique Neves no TSE. Os ministros podem ser reconduzidos uma vez ao cargo. Presidente do TSE, Toffoli encaminhou uma lista tríplice à presidente Dilma Rousseff. Toffoli esperava que Neves fosse reconduzido ao cargo (http://tinyurl.com/pxpzg5y).
2. Dilma estava fora do país e a recondução não foi automática. Descontente com a não nomeação, 14 horas depois do vencimento do mandato de Neves, Toffoli redistribuiu seus processos. èDentre milhares de processos, os dois principais - referentes às contas de campanha de Dilma - foram distribuídos para Gilmar Mendes. Foi o primeiro cheiro de golpe.ß |Entre 7 juízes do TSE, a probabilidade dos dois principais processos de Neves caírem com Gilmar é de 2 para 100. Há todos os sinais de um arranjo montado por Toffoli.Ù
Ú3. O Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Eugênio Aragão, pronunciou-se contrário à redistribuição. Aragão invocou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto - que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”.
4. Gilmar alegou que já se passavam trinta dias do final do mandato de Neves. Na verdade, Toffoli redistribuiu os processos apenas 14 horas depois de vencer o mandato.
Ú5. A reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.
RuCom o poder de investigar as contas, Gilmar poderá se aferrar a qualquer detalhe para impugná-las. Impugnando-as, não haverá diplomação de Dilma no dia 18 de dezembro.
ÚO golpe final - já planejado - consistirá em trabalhar um curioso conceito de Caixa 1. Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe.Ù
Toffoli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. Até o episódio atual, arriscava-se a passar para a história como um dos mais despreparados Ministros do STF.
Com a operação em curso, Toffoli arrisca-se a entrar para a história de maneira mais depreciativa ainda. A história o colocará em uma galeria ao lado de notórios similares, como o Cabo Anselmo e Joaquim Silvério dos Reis.ß
Ontem, em jantar em homenagem ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ex-governador paulista Cláudio Lembo se dizia espantado com um discurso de Toffoli, durante o dia, no qual fizera elogios ao golpe de 64.                                            



Se houver alguma ilegalidade na prestação de contas, que se cumpra a lei. A questão é que a operação armada por Toffoli e Gilmar está eivada de ilicitudes: é golpe.
Se não houver uma reação firme das cabeças legalistas do país, o golpe se consumará nas próximas semanas.

Alfio Bogdan - Físico e Professor                   

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

dan2010: 25 de novembro - Dia da não Violência contra a mul...

dan2010: 25 de novembro - Dia da não Violência contra a mul...: Uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado...

25 de novembro - Dia da não Violência contra a mulher

Uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Embora essas violações sejam comuns ao cotidiano de milhares de mulheres, muitas vezes elas se tornam invisíveis ou são tratadas como algo relativo à esfera familiar. Para romper esse silêncio, desde 1981 o movimento feminista comemora, com luta, em 25 de novembro, o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

Neste ano, a ONU Mulheres, organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero, iluminará o prédio da entidade em Brasília e também a sede principal, em Nova York, com a cor laranja. A iluminação é uma das atividades que serão promovidas de hoje (25) até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, no âmbito dos chamados 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero.

Representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman diz que a data contribui para a inserção da luta contra a violência na agenda política. “É uma data que tem sido importante para mobilizar tanto o governo quanto a sociedade civil e colocar na pauta dos meios de comunicação esse problema, que é muito grave entre as mulheres”, explica.

No Brasil, a programação é diversa. Hoje, no Rio de Janeiro, haverá exposição de grafite, oficina e roda de conversa sobre violência contra a mulher. Amanhã será a vez de um debate na internet sobre os compromissos assumidos pelos países para enfrentar a violência, além das políticas públicas para garantir os direitos das mulheres. Nos dias 26 e 27, serão realizadas oficinas e debates, em Brasília e João Pessoa, com juízes e outros operadores de Justiça sobre a adaptação do Protocolo Latino-Americano para Investigação das Mortes por Razões de Gênero à legislação brasileira. A programação seguirá em dezembro e pode ser conferida no site da ONU Mulheres.

A representante da organização no Brasil destaca que, neste ano, a campanha também alerta para o cumprimento da Plataforma de Ação de Pequim, cuja aprovação completará 20 anos em 2015. Fruto da 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, a plataforma listou 12 áreas de trabalho, como Mulheres e Pobreza e Mulheres e a Mídia, e apontou ações concretas que deveriam ser desenvolvidas pelos países signatários para promover a igualdade de gênero.

Em relação à violência, considerava que essa violação “constitui obstáculo a que se alcance os objetivos de igualdade, desenvolvimento e paz”, nos termos da declaração. Quase 20 anos depois da aprovação do texto, mais de dois terços dos países aprovaram leis contra a violência doméstica, em decorrência das propostas elaboradas em Pequim, segundo a ONU. As leis, contudo, não têm sido cumpridas a contento, na avaliação da organização. Além disso, o objetivo de “prevenir e eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas” segue distante.

“Há toda uma questão da prevenção da violência contra as mulheres que tem a ver com os estereótipos de gênero e as relações entre homens e mulheres, além das leis, políticas e planos, os quais têm que ser formulados. Também é preciso ter recursos, tanto humanos quanto financeiros [para sua implementação]”, diz Nadine.
Alfio Bogdan - Físico e Professor - texto divulgado no Brasil 247

sábado, 22 de novembro de 2014

dan2010: così bella - De um tucano inteligente: FHC se apeq...

dan2010: così bella - De um tucano inteligente: FHC se apeq...: “Para viabilizar a administração pública, muitas vezes, a política tem que abandonar, temporariamente, a ética”. Eita!! Já vi coisa “braba”...

così bella - De um tucano inteligente: FHC se apequena a cada pronunciamento

“Para viabilizar a administração pública, muitas vezes, a política tem que abandonar, temporariamente, a ética”. Eita!! Já vi coisa “braba”, ma così bella... A moça está mais ou menos virgem; Estupra, mas não mata —lavou, enxugou, está nova —; Rouba, mas faz; A professora não ganha mal, ela é mal casada; Quem quer ganhar dinheiro no ensino, que vá para a escola particular; Ele não roubou não, tomou emprestado para devolver depois. A Petrobras não pode ficar sufocada. Em decisão monocrática, Gilmar Mendes isentou a Petrobras das licitações. Liminares é com ele mesmo! E agora... 

“Delegados da PF” abusaram de suas prerrogativas ao divulgarem, como se fato, algo que não existiu, de fato, tentando influenciar na campanha pró Aécio; “ultrajaram a honra de José Carlos Cosenza". E daí, Zé Eduardo? Tudo bem? Com amigos assim a Dilma não precisa de inimigo! Os carinhas estão enfiando o pé na jaca!!!


Semler, autor do livro “Virando a Mesa”, num “choque de honestidade”: "Vergonha é uma pessoa dizer que sente vergonha de algo de que ela mesma se beneficiou”. Fessor, FHC, e agora? Essa foi na moleira hem! Os envergonhados, diz Semler, agem como que se os problemas da Petrobras surgiram com o PT. Hipocrisia é isto! Mas, boa mesmo é “abandonar temporariamente a ética para...” 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

dan2010: Padre Marcos foi ameaçado após denunciar trabalho ...

dan2010: Padre Marcos foi ameaçado após denunciar trabalho ...: Padre italiano é ameaçado após denunciar trabalho escravo Marcos Bassani registrou a denúncia em sua coluna no blog Grajaú de Fato;...

Padre Marcos foi ameaçado após denunciar trabalho escravo

Padre italiano é ameaçado após denunciar trabalho escravo

Marcos Bassani registrou a denúncia em sua coluna no blog Grajaú de Fato; o missionário reside no Estado do Maranhão desde 2002
18/11/2014
O padre missionário italiano Marcos Bassani foi ameaçado por um fazendeiro em sua própria residência após ter feito uma denúncia de trabalho escravo na região de Alto Brasil, no Maranhão (MA). O texto foi publicado em sua coluna no blog Grajaú de Fato. Bassani reside em Alto Brasil e presta serviços à Diocese de Grajaú (MA).
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o padre não teve a intenção de caluniar ou difamar ninguém, mas apenas denunciar “essa prática atroz, criminosa e mediévica que ceifa vidas e desconstrói sonhos e esperanças de pessoas que vendem sua força de trabalho para conseguir melhores condições de vida para si e para a família.”
Bassani registrou a ocorrência e “espera que tudo se resolva o mais rápido possível da melhor forma.”
O missionário reside no Estado do Maranhão desde 2002, quando chegou ao Brasil para assumir a paróquia de Dom Pedro. Além disso, também prestou serviço social em defesa dos marginalizados da região em prol da redução das desigualdades sociais.
Alfio Bogdan - Físico e Professor

sábado, 15 de novembro de 2014

dan2010: O golpe, por enquanto, faliu....

dan2010: O golpe, por enquanto, faliu....: Com prisão de empreiteiros na Lava Jato, o golpe faliu. Ia tudo bem com o golpe demotucano. PSDB, Veja, Globo, a ala agora confes...

O golpe, por enquanto, faliu....

Com prisão de empreiteiros na Lava Jato, o golpe faliu.


Ia tudo bem com o golpe demotucano. PSDB, Veja, Globo, a ala agora confessadamente tucana da PF em campanha, divulgando seletivamente o que lhes interessava na Operação Lava Jato. Menos uma coisa:

A militante ala tucana da PF procurou, procurou, tentou, tentou e não conseguiu encontrar nada contra Dilma.

Restou uma rocambolesca capa da Veja às vésperas das eleições para tentar eleger Aécio. O golpe falhou mais uma vez, e Dilma foi eleita.

Chegou a sexta-feira 14, com a sétima fase da operação prendendo cerca de 20 diretores de 9 das maiores empreiteiras do Brasil, inclusive alguns presidentes destas empresas.

Apesar de manterem as aparências e tentarem faturar com o fato, os políticos demotucanos não contavam com isso. O PIG (Partido da Imprensa Golpista) quer direcionar o fato apenas contra o PT, para derrubar Dilma, mas está difícil. E quer sangrar a Petrobras para privatizá-la a preço de banana. Mas como demonizar duas dezenas dos donos ou diretores de alguns dos maiores grupos econômicos do Brasil?

As grandes empreiteiras estão há décadas atuando. São velhas conhecidas dos governos tucanos, inclusive em outras operações da Polícia Federal como a Castelo de Areia. Continuam atuando nas maiores obras dos governadores do PSDB. Controlam os caros pedágios paulistas e paranaenses. Tem participações em empresas de vários setores da economia. Todas são grandes doadoras de campanha para todos os grandes partidos, e o PSDB é um dos que mais recebem.

Dessa vez, nenhum dono ou diretor de empreiteira deve estar disposto a dar uma de Cristiano Paz e Ramon Hollerbach que se deram mal no mensalão, ao quererem detonar só o PT e blindar demotucanos com quem tiveram negócios, como nos governos de Aécio, Perillo, Roriz, FHC, os contatos com comitê de Serra em 2002, os vultosos repasses da antiga Telesp, etc. Os dois publicitários acabaram condenados a 26 e 30 anos de prisão, pena maior do que muitos homicidas, enquanto os tucanos estão todos soltos.

Se os advogados das empreiteiras não conseguirem melar a operação Lava Jato igual melaram a Castelo de Areia, dificilmente deixarão os tucanos de fora desta vez, até por instinto de sobrevivência. Afinal, quando tem tucano no rolo, a mídia trata discretamente, como trata o propinão tucano nos trens, como trata a Castelo de Areia, sem pressionar o judiciário a pré-condenar (e nem mesmo a desengavetar o que está parado).

Que existe corrupção envolvendo empreiteiras, funcionários e políticos corruptos, ninguém dúvida. E que políticos corruptos existem tanto em partidos da base governista como nos de oposição também todo mundo sabe. As operações da Polícia Federal, desde que sejam tocadas com rigor de seriedade, sem direcionamento político, nem seletividade, são necessárias para depurar a administração pública, sanear a política e para enquadrar as empresas privadas a não querer levar vantagem corrompendo nem formando cartéis. No final das contas, o governo Dilma sairá fortalecido e virá o reconhecimento popular de que seu governo realmente cria estruturas institucionais para acabar com a impunidade e combater a corrupção. Inclusive fortalece a campanha pela reforma política e pelo fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

Nesta fase da Operação Lava Jato, foi pouco destacado, mas a Receita Federal também participou. Isso porque dinheiro pago simulando serviços ou fornecimento inexistente é uma forma de sonegação ao abater do lucro despesas que não existem. Logo, a Receita Federal vai autuar, cobrar o imposto, multa, e juros das empreiteiras e empresas que tiverem feito isso. Fala-se em R$ 1 bilhão de impostos recuperados. Ponto para o governo Dilma.
Alfio Bogdan - Físico e Professor  - Amigos do Presidente Lula.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

dan2010: Frente de Esquerda para pensar em 2018

dan2010: Frente de Esquerda para pensar em 2018: Tarso Genro em Carta Maior A postura que a direita conservadora, em geral, e o centrismo neoliberal vem assumindo, depois da confirmação ...

Frente de Esquerda para pensar em 2018

Tarso Genro em Carta Maior
A postura que a direita conservadora, em geral, e o centrismo neoliberal vem assumindo, depois da confirmação da vitória da presidenta Dilma, demonstra que estamos chegando num novo momento de transição, no qual se revigora, de um lado, a questão democrática e, de outro, cobra atualidade a questão da unidade da esquerda, para continuar mudando o Brasil.
Esta transição está com seu futuro indeterminado, mas poderá ser para melhor, como foi o ciclo aberto pela Carta aos Brasileiros em 2002.
Mas uma "Carta aos Brasileiros" nos mesmo moldes da anterior, seja agora (no início do novo governo Dilma), seja num futuro governo em 2018, não só não teria nenhum efeito para "acalmar os mercados", mas também não alinharia as mesmas forças políticas, no Legislativo e na sociedade, para dar sustentação a um novo ciclo de reestruturação das classes sociais no Brasil. Falamos num novo ciclo frontal de combate às desigualdades sociais, que ainda persistem no Brasil de maneira dramática e vergonhosa.
Se é verdade que, em outros momentos, a estratégia daquela carta foi necessária e funcionou, para permitir a reestruturação da sociedade de classes no Brasil - interferindo positivamente na vida de 50 milhões de pessoas - não é menos verdade que a própria sociedade, reestruturada, gerou sujeitos sociais e políticos mais exigentes em relação aos seus direitos fundamentais, cujos espaços, na democracia, ou se alargarão, ou passarão a ser sonegados por governos "mudancistas", saudosos das "exigências" do mercado.
Trata-se de um impasse mais profundo: a disputa pela renda, a disputa pela qualidade dos serviços públicos, a disputa pela liberdade de fazer circular livremente a opinião, a disputa pela participação direta da sociedade - como orienta a própria Constituição de 88 - para produzir políticas públicas, a disputa em torno de um novo modelo para o sistema político, todas estas disputas farão sucumbir o velho sistema de alianças ainda vigente, originário da transição da ditadura para a democracia.
A aliança que se formou no segundo turno da eleição da Presidenta Dilma, permitiu que velhos e novos companheiros se reencontrassem, para defender o país do retrocesso originário do "perigo Aécio". Este expressou, durante a sua campanha (seguido pelos seus militantes radicais nos bairros da alta classe média) um ódio antipetista e antiesquerda, que lembrou os meses que antecederam o Golpe de 64.
O governo da presidenta Dilma deve, não só ser defendido da direita tradicional dos tucanos, mas também da direita que integra a base parlamentar do seu próprio governo. Esta base tudo fará para que a Presidenta assuma, na verdade, a agenda derrotada nas eleições presidenciais. Isso significa, não só retroceder nas políticas sociais e no privilegiamento da manutenção do emprego, mas também significa assumir a ortodoxia econômica para a administração financeira do Estado.
A gigantesca dívida da União e as manipulações do mercado financeiro mundial, compõem um terreno fértil para a direita neoliberal operar a redução das funções públicas do Estado, desde que não se construam novas políticas de financiamento da União, capazes dar lastro ao desenvolvimento do país e, ao mesmo tempo, capazes de combater a volta da inflação.
O imposto sobre as grandes fortunas, a redução dos gastos com juros da dívida pública e um novo CPMF, por exemplo -no âmbito de um novo pacto tributário- podem ser instrumentos poderosos para enfrentar esta nova transição: sair do bloqueio do crescimento causado pelo financiamento especulativo, para uma situação de crescimento baseado no aumento da produção e da demanda, bem como nas exportações com valor agregado.
A esquerda deve debater, desde logo, a formação de uma ampla Frente Política, já com vistas em 2018 e também para dar suporte, hoje (pelo menos aquela parte da esquerda que está comprometida com o não-retrocesso) ao Governo Dilma. O mero suporte político do governo atual, sem projeção da unidade da esquerda para o futuro, não travará o retrocesso que pode vir de dentro da própria aliança governamental.
O ideal seria que, desta feita, um novo tipo de "carta aos brasileiros" fosse discutida desde logo, para ser publicada em meados de 2016. Uma carta, não de Governo, mas de personalidades políticas de vários partidos e frações de partidos, acadêmicos, lideranças da sociedade civil e dos movimentos sociais, intelectuais de todo o país. Uma carta para ser entregue aos partidos progressistas, chamando uma Frente de Esquerda, com uma plataforma mínima de unidade plural, através da qual se escolheria um candidato vinculado àqueles compromissos. O redesenho do futuro já começou. Alguns pelo ódio. Por nós, será através de um novo projeto, que começa já.
Alfio Bogdan - Físico e Professor 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

dan2010: Vamos ao Senado - Não derrubem a PNPS

dan2010: Vamos ao Senado - Não derrubem a PNPS: Você sabia que os senadores querem derrubar o decreto de Participação Social que dá voz ao povo nas decisões do País? E querem fazer isso c...

Vamos ao Senado - Não derrubem a PNPS

Você sabia que os senadores querem derrubar o decreto de Participação Social que dá voz ao povo nas decisões do País? E querem fazer isso com urgência, ainda nesta semana!

Contate os senadores - http://www.senado.gov.br/senadores/- e peça para que eles não derrubem esse mecanismo tão importante para o povo brasileiro. #NãoDerrubaSenador

Entenda por quê!
O que é? - A PNPS é um decreto utilizado como instrumento normativo. Ele define como a participação social deve acontecer dentro do governo. Com ele, as demandas sociais são fortalecidas e os cidadãos poderão participar das decisões do Brasil. A Lei já existe na Constituição, precisa ser regulamentada. 

Por que ele é importante? - Ele empodera a sociedade pelo domínio das informações. O povo poderá opinar sobre as decisões do governo de forma direta e não apenas pelos representantes. Já existe em Porto Alegre, pelo orçamento participativo, e em Nova Iorque, com a consulta a população para definir os gastos.

Por que não querem a regulamentação? - Por que com ela os políticos perdem a prerrogativa de serem os "despachantes" dos currais eleitorais e seus eleitores passarão a ter voz, a falar por eles mesmos. 


Por que sua mobilização é importante? - A Lei Maria da Penha, Lei da Ficha Limpa e Marco Civil da Internet são exemplos de legislações aprovadas pela pressão popular.
Alfio Bogdan - Físico e Professor - #NãoDerrubaSenador

domingo, 9 de novembro de 2014

dan2010: Brasileiros, nordestinos... Inesquecíveis!

dan2010: Brasileiros, nordestinos... Inesquecíveis!: Prof. Dr. Martinho Condini Atualmente temos uma significativa ausência de lideranças em nosso país. Quem são as nossas lideranças, hoje...

Brasileiros, nordestinos... Inesquecíveis!


Prof. Dr. Martinho Condini
Atualmente temos uma significativa ausência de lideranças em nosso país. Quem são as nossas lideranças, hoje? Quem são os modelos para os nossos jovens? Como eu, acredito que você também tenha dificuldades para responder a essas perguntas. Há ausência de lideranças no atual momento histórico brasileiro me levou à lembrança e saudades de dois protagonistas da nossa história recente.
Ambos nordestinos, um cearense e um pernambucano, contemporâneos do século passado, sempre tiveram os pobres, pequeninos ou oprimidos, os elementos geradores da construção dos seus pensamentos e práticas ao longo do século XX.
Após a infância e a adolescência, ambos tiveram rumos profissionais diferentes: um tornou-se religioso, o outro, após a formação em Direito, enveredou para a área educacional como professor de língua portuguesa e, posteriormente, tornou-se também um educador.
No início do Governo Militar, ambos viviam na cidade de Recife. Um recém-chegado, transferido da cidade do Rio de Janeiro o outro vivia em sua cidade natal.
Em 1964, um deles foi preso e exilado, retornando ao Brasil apenas em 1980. No exílio, produziu todo o arcabouço daquilo que mais tarde veio a ser considerado uma filosofia e um método educacional. E somado a uma experiência de alfabetização de adultos, produziu uma obra que norteou o seu trabalho como educador, a Pedagogia do oprimido, escrita no exílio.
O outro, arcebispo de Olinda e Recife, idealizador e fundador da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tornou-se uma liderança da Igreja católica, permaneceu no Brasil durante todo o governo militar, mas sofreu intensa perseguição e censura dos militares e da ala conservadora da igreja, sendo impedido por quatro vezes de receber o prêmio Nobel da Paz e foi calado por quase uma década.
As perseguições a ambos fizeram com que suas vozes e ideias ecoassem Brasil a fora, e os mesmos ficassem conhecidos mundialmente.
É inegável que ambos tiveram intensa influência na formação do pensamento educacional e social brasileiro. Realizaram trabalhos que contribuíram no meio intelectual, como também nas camadas populares da sociedade.
Eles sempre tiveram a coragem de enfrentar desafios e propor mudanças para a melhoria das condições de vida das camadas sociais excluídas e descriminadas do nosso país. A defesa e o cumprimento aos direitos humanos foi uma bandeira carregada diuturnamente, por esses dois incansáveis humanistas. E reconheceram na educação um dos principais elementos para as pessoas realizarem as transformações sociais e a conquista da tão sonhada libertação.
Enfim, apesar da distância física de ambos, sempre estiveram juntos na esperança de que era possível construir uma sociedade mais justa, digna e fraterna para todos.

Caros Dom Helder Camara e Paulo Freire, vocês estarão sempre em minha lembrança. 
Postado por Alfio Bogdan - Físico e Professor.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

dan2010: Dilma pede paz; Aécio oferece guerra!!!

dan2010: Dilma pede paz; Aécio oferece guerra!!!: Dilma pede paz; Aécio quer guerra Por Fernando Brito, no blog  Tijolaço : =► Os fatos vão mostrando o que afirmei, hoje,  aqui . ...

Dilma pede paz; Aécio oferece guerra!!!

Dilma pede paz; Aécio quer guerra


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

=►Os fatos vão mostrando o que afirmei, hoje, aqui.
Dilma falando com a calma humilde dos vitoriosos que sabem que que governam um país, não uma facção.

Aécio proclamando “vitoriosa” a oposição que foi derrotada nas urnas.

=►Aécio fica com a parte do que tinha que discorda da ideia de que o derrotado deve aceitar a voz das urnas.

Dilma fica com a parte que acha que, vitoriosa, a situação deve se abrir a dialogar com todos os que são governados, tenham ou não votado nela.
Ela pede a volta da normalidade; ele, a continuidade do confronto.

Não é preciso ser cientista político nem estudioso de opinião pública para saber quem ganha mais com o tom adotado.

Não há eleitor de Dilma que concorde com a postura de Aécio, mas há eleitores de Aécio que não hostilizam a postura de Dilma.

“Os eleitores não são de ninguém, os eleitores são os brasileiros”, disse.
Não são, portanto, “bovinos”, “nordestinos”, “pobres”,”desgraçados”.
Dilma vai consolidando as alianças.

Aécio vai reforçando o isolamento.
É este o quadro que vai se desenhando para o embate real.
Que é o das ações de governo.

Postado por Alfio Bogdan - Físico e Professor *-*