quarta-feira, 21 de maio de 2014

dan2010: R$ 850 bilhões em saúde e educação e R$ 25,6 bi em...

dan2010: R$ 850 bilhões em saúde e educação e R$ 25,6 bi em...: Desde 2010, o governo federal investiu R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no Mundial atingem R$ 25,6 bi...

dan2010: R$ 850 bilhões em saúde e educação e R$ 25,6 bi em...

dan2010: R$ 850 bilhões em saúde e educação e R$ 25,6 bi em...: Desde 2010, o governo federal investiu R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no Mundial atingem R$ 25,6 bi...

R$ 850 bilhões em saúde e educação e R$ 25,6 bi em obras da Copa


Desde 2010, o governo federal investiu R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no Mundial atingem R$ 25,6 bilhões.
Najla Passos - 

 = Apesar dos investimentos para a realização da Copa do Mundo, o Brasil aumentou de R$ 101 bilhões para 107,5 bilhões os investimentos em educação, de 2013 para 2014, e de R$ 83 bilhões para R$ 91 bilhões em saúde, no mesmo período.
=  Essa discussão de que a copa tira recursos da saúde e da educação é falsa”, afirmou o titular da Secretaria Nacional de Relações Político-sociais da Secretaria Geral da Presidência, Wagner Caetano, no debate “A copa será um bom negócio para o Brasil?”, realizado no Teatro dos Bancários, na noite desta terça (20), em Brasília. 

sa Segundo ele, os investimentos nessas diferentes áreas são independentes, mas se somam em benefício da população. “Desde 2010, quando o governo começou a discutir os preparativos para a copa, já foram investidos R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no mundial – incluindo federais, locais e privados – atingem R$ 25,6 bilhões”, acrescentou.

|> O secretário lembrou que os gastos exclusivos com a copa referem-se apenas aos custos dos estádios – de R$ 8 bilhões – que também servirão também para outros fins. “Os outros investimentos envolvem obras que vão impactar diretamente na melhoria da qualidade de vida da população, como as obras de mobilidade urbana”, ressaltou.

=>Apesar dos atrasos em algumas obras, ele foi taxativo em avaliar os resultados já conquistados como positivos. Dos doze estádios previstos, nove já estão concluídos e três serão entregues nos próximos dias. “Todos eles estarão em pleno funcionamento durante a copa”, assegurou. Das obras de mobilidade urbana, 42 já estão prontas ou em andamento e 16 voltarão para o PAC e serão concluídas em breve. e as outras serão entregues até o final do ano.

|> Caetano também citou a realização de 30 intervenções nos aeroportos e reformas de seis portos como legados que o mundial deixará para o país. E, ainda, os R$ 402 milhões de investimentos em telecomunicações e R$ 1,9 bilhão em segurança pública, além dos impactos sociais, como a criação dos 50 mil empregos para construção dos estádios, a abertura de 47,9 mil postos na cadeia do turismo, a inserção social de 840 catadores de lixo e as 16 mil matrículas nos cursos do Pronatec.

sa Tudo isso se justifica, segundo ele, frente às receitas a serem geradas: a expectativa é que o país receba 600 mil turistas estrangeiros e três milhões brasileiros, que devem gastar até R$ 25 bilhões, três vezes mais do que o que foi investido nos estádios.

Expectativas do DF

sa Em Brasília, as expectativas com o mundial também são grandiosas e, segundo secretário extraordinário da Copa, Cláudio Monteiro, justificam a prioridade que o governo deu à realização do evento. “Só com um jogo na Copa das Confederações, no ano passado, tivemos um incremento de 14% na receita”, comparou.


|> Para a copa, ele calcula que os lucros serão muito maiores. “A estimativa é que cada turista gaste R$ 11, 4 mil. E estamos esperando 206 mil estrangeiros e 402 mil brasileiros só em Brasília”, contabilizou.

O secretário também listou os legados que ficarão para a cidade, em qualificação da mão de obra, mobilidade urbana, qualidade de vida. “Para cada R$ 1 que o GDF investiu na copa, o Governo Federal investiu R$ 4 em obras e melhorias para a capital. Há décadas a cidade não recebia tantos investimentos”, afirmou.
Alfio Bogdan 

domingo, 18 de maio de 2014

dan2010: A Petrobras e o futuro

dan2010: A Petrobras e o futuro: Por Mauro Santayana – em Contexto livre . A luta pela criação da empresa foi bela e consagradora. Ela é respeitada internacionalmente, ...

A Petrobras e o futuro

Por Mauro Santayana – em Contexto livre.

A luta pela criação da empresa foi bela e consagradora. Ela é respeitada internacionalmente, mas ferozmente combatida

|> Criticada, vilipendiada, atacada desde o início por aqueles que se recusavam a acreditar na capacidade de realização da gente brasileira, e achavam que era melhor entregar nosso subsolo às petroleiras inglesas e norte-americanas, a Petróleo Brasileiro S.A. só foi criada porque milhares foram para a rua em sua defesa. Transformou-se em símbolo e bandeira de um Brasil viável, soberano e forte. Com o tempo, cresceu. |> Descobriu petróleo nas 200 milhas de nosso mar territorial. Desenvolveu e aprimorou, ao extraí-lo, a mais avançada tecnologia de exploração em oceanos. Tornou-se a mais premiada empresa na disputada Offshore Technology Conference (OTC), o “Oscar” da engenharia de petróleo. É respeitada internacionalmente, e ferozmente combatida. Há, hoje, no mundo inteiro, uma luta surda entre as grandes multinacionais de capital privado e estatais petrolíferas, pelas reservas de óleo e gás do planeta.
|> Considerando-se isso, seria melhor para as grandes corporações internacionais se pudessem incorporar a seu patrimônio as gigantescas reservas do pré-sal. Ou, que  não tivessem sido obrigadas a aplicar percentual mínimo, no Brasil, em pesquisa e a transformar o país em um dos maiores polos de desenvolvimento de tecnologia nessa área.
Há outros problemas enfrentados pela Petrobras, neste momento, que derivam de equívocos estratégicos cometidos pelo governo nos últimos anos. Antes de incentivar as vendas de automóveis, para diminuir os efeitos da crise sobre a indústria, o país deveria ter atentado para a questão: de onde viria o combustível? Seria possível obter, por meio de incentivo a veículos híbridos e elétricos, e da liberalização e desburocratização total da produção de etanol e biodiesel, fontes nacionais de energia para a movimentação dessa frota?

|> Se investirmos mais em automóveis e menos em transporte público, não estaremos aumentando, dia a dia, mês a mês, o consumo e a importância relativa de insumos importados — diesel e gasolina — na economia, tendo depois, por conta de inflação, de segurar os preços? O governo recusou-se a aumentar o preço dos combustíveis, afetando o faturamento da companhia, quando poderia tê-los corrigido, homeo­paticamente, ao longo do tempo, sem impactar de uma só vez a inflação, como provavelmente terá de fazer  a qualquer momento. Finalmente, a produção nacional também diminuiu, não por falta de reservas, mas por causa da abundância delas.

|> Plataformas de petróleo mais antigas tiveram de ser adaptadas ou substituídas por outras mais modernas, especialmente projetadas para trabalhar com o pré-sal, que foram majoritariamente construídas em território brasileiro. Navios gigantescos, como o João Cândido, o Celso Furtado, o José Alencar e o Zumbi dos Palmares, fabricados no Brasil, ajudaram a reerguer a indústria naval, criando milhares de empregos.

Os problemas da Petrobras são transitórios. Tenderão a se resolver, quando novas plataformas forem concluídas e entrarem em funcionamento; as novas refinarias forem inauguradas, diminuindo a importação de diesel e gasolina estrangeiros; e houver uma recomposição paulatina do preço dos combustíveis.

|> É natural que, com o tempo, suas diretorias e subsidiárias tenham se transformado — para partidos e parlamentares — em alguns dos mais cobiçados cargos da República. Tudo seria diferente, se, na Constituição, fosse vedada a senadores e deputados a ocupação de cargos públicos para os quais não tenham sido efetivamente eleitos. Ou, no limite, houvesse a proibição da indicação, para cargos executivos, de pessoas de fora dos quadros da própria empresa. Isso poderia diminuir, ainda sem evitar totalmente, a ocorrência de desvios e problemas, considerando-se o tamanho da Petrobras e as múltiplas áreas em que atua.


Com todos os problemas que tenha, e que devem ser corrigidos, a Petrobras é trunfo fundamental para o desenvolvimento e o futuro do Brasil, no terceiro milênio. |> Tudo que se faça, portanto, no âmbito do Congresso, ou da sociedade, pelo aprimoramento da empresa, tem de ser feito não para enfraquecê-la, mas para torná-la mais forte.
Alfio Bogdan

sábado, 17 de maio de 2014

dan2010: 4º Encontro Nacional de Blogueiros/as e Ativistas ...

dan2010: 4º Encontro Nacional de Blogueiros/as e Ativistas ...: Começa nesta sexta-feira, em São Paulo, o  4º Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais , promovido pelo Centro de Estudos de Mí...

4º Encontro Nacional de Blogueiros/as e Ativistas Digitais no Brasil

Começa nesta sexta-feira, em São Paulo, o 4º Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais, promovido pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Movimento dos Sem Mídia (MSM) e Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom).
A abertura será às 9h, seguindo-se o debate Mídia, poder e contrapoder (abaixo, na íntegra, a programação, local, inscrições).
Às 11h30, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falará sobre o papel da mídia tradicional, as eleições de 2014 e a importância do ativismo digital.
Nós conversamos com o jornalista e blogueiro Altamiro Borges, presidente do Barão de Itararé, sobre o encontro.
Viomundo – É a segunda vez que o ex-presidente Lula participa de um Encontro Nacional de Blogueiros. A primeiro foi em junho de 2011 no II BlogProg, em Brasília. Ao nos prestigiar o que ele quer dizer? 
Altamiro Borges —  O Lula é vítima de um enorme preconceito das elites, um preconceito de classe. Para as elites, trabalhador é para trabalhar. Não é para pensar e, muito menos, para governar uma nação da importância do Brasil.
A mídia expressa essa visão preconceituosa de classe. Ela é, como já ensinou o intelectual revolucionário italiano Antonio Gramsci, o verdadeiro partido do capital. Ela atacou Lula, sem dó nem piedade, durante seus oito anos de governo. Continua perseguindo-o, de forma implacável.
Lula, o operário, é muito mais sagaz e inteligente do que o “Príncipe da Sorbonne”, do que o intelectual elitista FHC. Ele enxergou rapidamente a importância da internet e apostou na criação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Ele percebeu a importância do ativismo digital como contraponto ao pensamento único do partido da mídia.
Como ele gosta de dizer, nunca antes na história do país um presidente recebeu um grupo de blogueiros para uma entrevista coletiva exclusiva, em pleno Palácio do Planalto. Os vaidosos “calunistas” da mídia monopolizada espumaram de raiva.
Depois, ele foi ao II BlogProg, em Brasília. Sua presença foi muito importante. Garantiu maior legitimidade a um movimento nascente, que estava apanhando duro da velha imprensa.
Desde o início deste ano, quando fizemos o convite, ele, no ato, sinalizou positivamente e, agora, confirmou sua presença. Lula está disposto a comprar a briga com os barões da mídia e sabe da importância da blogosfera crítica e independente.
Viomundo – Do nome do primeiro encontro, em 2010, para o do quarto, este ano, caiu o “progressistas” e entrou “ativistas digitais”. O que significa essa mudança?
Altamiro Borges — O nome progressista surgiu espontaneamente na preparação do primeiro encontro. Não foi algo muito debatido, não houve nem registro em cartório do nome. Ele pintou e foi ficando. Teve gente que propôs blogueiros de esquerda, blogueiros socialistas, blogueiros esquerdistas e outros nomes.
Ficou blogueiros progressistas e a sigla BlogProg. Na minha opinião, a questão do nome não é tão importante para um movimento horizontal, em rede, sem estruturas mais rígidas.
Quanto à inclusão do termo “ativistas digitais”, ele foi definido no terceiro encontro, na Bahia, em 2012. A ideia seria completar toda esta galera, principalmente jovem, que está nas redes sociais. Não tem blog, mas tem um papel decisivo na luta de ideias.
Acho que acertamos. O papel do ativismo digital na jornada de junho de 2013 é prova do aumento da influência do ativismo digital no Brasil e da sua capacidade de mobilização.
Viomundo – Entre o primeiro e o quarto encontro o que mudou?
Altamiro Borges — Acho que a blogosfera passou a jogar um peso maior no debate de ideias na sociedade brasileira. Ela hoje tem mais força e legitimidade para fazer o contraponto ao pensamento único emburrecedor da mídia monopolizada. Tanto que a blogosfera incomoda os barões da mídia.
A recente entrevista coletiva com o ex-presidente Lula é prova disso. Jornalões, revistonas e “calunistas” das emissoras de tevê — que mamam nas tetas do Estado, abocanhando fortunas de verbas publicitárias — ficaram histéricos. Atacaram com virulência a blogosfera.
Penso, também, que a blogosfera ajudou no debate sobre a urgência da democratização da comunicação no Brasil.
Os blogs se somaram à luta pela regulação democrática da mídia, que hoje ganhou contornos mais definidos com o projeto de lei de iniciativa popular elaborado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Esse debate hoje envolve diversos setores da sociedade, a esquerda social e política, e conta com a adesão da blogosfera. Pena que o governo Dilma não se alertou para importância estratégica deste tema.
O Brasil, hoje, é a vanguarda do atraso no mundo no debate sobre a regulação democrática da mídia. Até a chavista Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, aprovou recentemente uma lei sobre o assunto. A presidente Dilma vai apanhar bastante nas eleições deste ano por sua postura omissa e acovardada sobre o tema.
Viomundo —  Qual o objetivo principal do 4º Encontro Nacional?
Altamiro Borges — É reunir os blogueiros e blogueiras para trocar ideias, experiências, e tentar traçar algum plano de ação conjunta.
A blogosfera é muito diversificada e plural — e esta é sua grande virtude.
Cada blogueiro é uma sentença. As opiniões são díspares e até antagônicas. Não dá para pensar em algo centralizado, verticalizado. O grande esforço dos encontros é o de procurar pontos de unidade nesta enorme diversidade.Os três encontros anteriores conseguiram resolver bem esta equação. O desafio está lançado para o IV BlogProg.
Viomundo — Na sexta-feira, o Encontro Nacional promoverá um Seminário Internacional que se propõe a dar continuidade aos debates do 1º Encontro Mundial de Blogueiros realizado em outubro de 2011, em Foz do Iguaçu (PR). Gostaria que falasse um pouco dos temas e dos participantes do seminário.
Altamiro Borges — Essa parte será muito rica. Trataremos de uma questão crucial, poder e mídia.  Teremos a presença de importantes especialistas no tema:
Ignacio Ramonet, fundador do jornal Le Monde Diplomatique.
Pascual Serrano, criador do site Rebelion, um dos mais acessados no mundo
Andrés Conteris, integrante do movimento Democracy Now e do Occupy Wall Street (EUA)
Osvaldo Leon, fundador do site América Latina Informações (Alai)
Iroel Sanchéz, blogueiro cubano
Também participarão dois intelectuais brasileiros: o sociólogo e blogueiro Emir Sader e o professor Dennis Moraes, da Universidade Federal Fluminense.
Acho que será possível construir um painel rico sobre o perfil da mídia no mundo e o papel jogado pelo ativismo digital.
Viomundo – A propósito. No artigo que você fez confirmando a presença de Lula no IV BlogProg, teve leitor que, nos comentários do Viomundo, chamou o encontro de petistas, de chapa branca. O que acha? 
Altamiro Borges — Com todo o respeito, quem fala isso anda lendo muito a revista Veja, aquele “detrito de maré baixa”, conforme definição do Paulo Henrique Amorim.
É só acompanhar com mais atenção os blogs para ver que há muita diversidade neste campo. Tem gente que bate duro no governo, não perdoa a sua timidez na implantação de reforma estruturais no país e sua ausência de debate político na sociedade.Tem gente que pega mais leve com o governo, que o defende diante dos ataques da direita nativa e da sua mídia venal.
Os próprios encontros dos blogueiros refletem essa realidade. Há gente orgânica, filiada a partidos políticos, e muita gente inorgânica. A virtude deste movimento, como já disse, é conseguir construir a unidade na diversidade, é respeitar as opiniões divergentes, é não confundir polêmica com pugilato.
Quanto ao rótulo de chapa branca, quem recebe bilhões em anúncios dos governos federal, estaduais e municipais são exatamente esses “colunistas” que detestam os blogueiros críticos.

Tenho uma sugestão para esses “colunistas”: vamos suspender todos os anúncios públicos a mídia tradicional para ver quem é chapa branca. Muito jornalista adestrado, que chama o patrão de companheiro, vai perder o emprego sem essa boquinha pública.

domingo, 11 de maio de 2014

dan2010: Uma possível razão pela perseguição a Dirceu

dan2010: Uma possível razão pela perseguição a Dirceu: É de se ler e entender a possível razão de tamanha e incompreendida perseguição ao ex-Min. Zé Dirceu por conta do Min. Joaquim Barbosa.  ...

Uma possível razão pela perseguição a Dirceu

É de se ler e entender a possível razão de tamanha e incompreendida perseguição ao ex-Min. Zé Dirceu por conta do Min. Joaquim Barbosa. 

067-11-5-14

Anotações sobre uma farsa (II)
Era preciso expor José Dirceu ainda mais - e também José Genoíno - à execração pública. Concentrar neles toneladas de ressentimento sem fim. [em 18/11/2013]-

Eric Nepomuceno
Quando se postulava a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, o então juiz Joaquim Barbosa procurou José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo de Lula (2003-2007). Apresentou um pedido de rotina: apoio para que seu nome fosse levado ao presidente, a quem cabe indicar os membros da corte suprema.

Dirceu recebeu o pedido, e comentou com o postulante: “
Bom mesmo será o dia em que os que pretendem chegar ao Supremo obtenham sua indicação por seus próprios méritos, e não por indicações políticas como a que está me pedindo”.

Barbosa foi escolhido por Lula porque Lula queria ser o primeiro presidente a indicar um negro para a corte máxima do país. De origem humilde, Barbosa construiu sua carreira graças a um esforço descomunal. Teria méritos profissionais mais que suficientes para chegar aonde chegou. Mas não chegou por eles.

Antes, tentou entrar na carreira diplomática. Acabou frustrado pelo elitismo dominante na corporação: o teste psicológico do Itamaraty que o derrotou menciona uma personalidade insegura, agressiva, com profundas marcas de ressentimento. Com isso, não fez outra coisa além de reforçar a agressividade, a prepotência, o autoritarismo e, enfim, o ressentimento do candidato. Não terá sido a única razão, mas certamente contribuiu para que toda essa história desse no que deu.


O sistema judiciário brasileiro está, como todo o sistema político, impregnado de vícios de raiz. A condução mediática e espetaculosa do julgamento que levou Dirceu e Genoino para a cadeira é prova cristalina dos desmandos do Supremo Tribunal Federal.
Alfio Bogdan 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

dan2010: Os interesses por trás da guerra das CPIs

dan2010: Os interesses por trás da guerra das CPIs: Antônio Augusto de Queiroz   Divulgado inicialmente no Diap A tentativa de criar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) em perío...

Os interesses por trás da guerra das CPIs

Antônio Augusto de Queiroz 

Divulgado inicialmente no Diap

A tentativa de criar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) em período pré-eleitoral, especialmente após a adoção do instituto da reeleição, é tradição no sistema político brasileiro. Sempre que se aproximam as eleições gerais, a oposição propõe investigações sobre atos ou órgãos governamentais, com o nítido interesse de prejudicar a imagem dos governos e de seus partidos.

A proposta de CPI para investigar eventuais negócios irregulares da Petrobras, depois que os órgãos de controle já estão investigando o assunto, na verdade tem por objetivo, de um lado, esconder a ausência de projeto alternativo da oposição e, de outro, desgastar a imagem da presidenta Dilma, querendo impor-lhe a pecha de incompetente ou corrupta.


Setores da imprensa e do empresariado, descontentes com a gestão da presidenta, estimulam tais iniciativas claramente com o objetivo de modificar a política econômica e social do governo, cujas diretrizes principais consistem no enfrentamento da crise com políticas anticíclicas e na manutenção dos empregos e da renda.

No debate eleitoral, a presidenta terá condições de explicitar que, frente à crise internacional, tinha duas opções: fazer um ajuste fiscal drástico e pôr a economia em recessão, com desemprego e redução dos programas sociais, como foi feito no México; ou adotar políticas anticíclicas, com incentivos monetários, creditícios e fiscais para as empresas, e o país continuar crescendo e gerando emprego e renda.


Sabiamente, a presidenta Dilma optou pela segunda, que favorece o povo. A redução da tarifa de energia elétrica e o comedimento no reajuste dos combustíveis, além de ajudar no controle da inflação, significam ganhos indiretos para os assalariados, ao passo que os aumentos nos preços desses itens significarão maior lucro para os acionistas. Ou seja, entre o povo e o lucro, neste momento de crise, o governo optou pelo primeiro. Essencialmente, é isso que se discute quando criticam os subsídios governamentais a esses bens de consumo da população.

O desespero dos adversários do governo – e não me refiro apenas aos partidos de oposição – é que a presidenta, intransigente com qualquer tipo de desvio, tem muitas realizações a mostrar na eleição, e a forma de evitar que isso aconteça é colocá-la na defensiva, com acusações de má gestora, corrupta ou complacente com desvios de conduta.

As críticas ao governo na gestão da economia, por exemplo, estão completamente descoladas da realidade. Existe crescimento econômico, há geração de emprego e renda, a relação dívida-PIB tem decrescido nos últimos anos, as reservas internacionais nunca estiveram tão elevadas, não existe fuga de capitais, o governo tem feito superávits primários e o mercado interno continua pujante.

No quesito ético ninguém ousa acusá-la diretamente, tanto que se limitam a dizer que existe corrupção no governo. Alguém pode até discordar do estilo ou do jeito de governar da presidenta, mas, do ponto de vista ético e moral, Dilma é inatacável. Não há um só episódio em sua vida pública que tenha sido objeto de questionamento ou investigação sob esse aspecto. Logo, querer lhe atribuir a pecha de corrupta, é absolutamente perda de tempo.

No campo social, e isso é o que mais preocupa os adversários do governo, houve grandes avanços. A presidenta pode dizer que contribuiu para a melhoria das condições de vida do povo mais humilde. Basta citar: a política de recuperação do salário mínimo; a ampliação do Programa Bolsa Família; o Minha Casa, Minha Vida; o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); o Mais Médicos; o programa de creches e pré-escola, entre muitos outros.


A guerra das CPIs, como se pode notar, tem interesses outros que não a defesa da Petrobras, na medida em que os órgãos de fiscalização e controle do Estado já estão averiguando. O que verdadeiramente está em disputa é um projeto de poder. E na eleição o cidadão terá de decidir se faz a opção por um programa com preocupação social ou se coloca no governo alguém a serviço do mercado e do lucro.
Alfio Bogdan