terça-feira, 22 de outubro de 2013

A minireforma política que é o encanto para a Câmara...

Câmara mantém dinheiro privado em campanhas e reduz poder de fiscalização
Chamada de 'arremedo' e de 'maquiagem' por líderes de partidos de esquerda, projeto ignora questões centrais da reforma política
 Redação RBA  17/10/2013

São Paulo – O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem (16) à noite um projeto de minirreforma eleitoral que não altera em nada o sistema político brasileiro e traz mudanças consideradas superficiais e cosméticas – como, por exemplo, a proibição de pintura de muros particulares pelos candidatos.

Ao contrário do que propõe alguns partidos e entidades sociais como a CNBB, a OAB, a CUT e a UNE, o projeto de minirreforma mantém o financiamento privado das campanhas e ainda limita o poder de auditoria da Justiça Eleitoral sobre a contabilidade, a prestação de contas e as despesas dos partidos.

O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que o projeto é um “arremedo de reforma” e cobrou uma mudança em cinco pontos: financiamento público de campanha, votação em listas, fidelidade partidária, paridade de gênero e uma constituinte exclusiva para reforma política.
“Somos contra essa reforma eleitoral, porque ela está na contramão de tudo aquilo que defendemos e das expectativas da sociedade brasileira. Não serve aos partidos e não serve à sociedade brasileira", afirmou. “Trata-se de um conjunto de penduricalhos, um faz de conta com o argumento falso de diminuir os custos das campanhas e não mexer nas questões centrais”.

Maquiagem
A líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), chamou a minirreforma de “maquiagem” e disse que a proposta vai, na verdade, ampliar o custo da campanha. “Essa minirreforma tira as pessoas das ruas, mas não desaparece com o dinheiro que virá de mais e mais lugares de que desconhecemos”, disse.

Além de PT e PCdoB, foram contrários ao projeto PSB, Psol, PR, Pros e PDT. Entre os principais defensores estão o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e bancadas ligadas ao empresariado e ao setor rural.
A votação de ontem ainda precisa ser concluída na próxima semana, com a análise dos destaques. Depois seguirá para o Senado. Há dúvidas sobre se as novas regras poderão valer para as eleições de 2041.

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Para Frei Betto, eleições de 2014 já reforçam neocoronelismo brasileiro
Colunista da Rádio Brasil Atual entende que reforma política é o caminho para fidelizar partidos e princípios. Para ele, nem mesmo melhor líder será coerente com estrutura 'antidemocrática e elitista'
Redação RBA publicado 21/10/2013
Marina, Serra e Dilma durante debate em 2010: sem reforma política, pode-se mudar as caras sem que o resultado se altere
São Paulo – O escritor Frei Betto, comentarista da Rádio Brasil Atual, ressalta hoje (21) em sua coluna semanal a importância da realização de uma profunda reforma política. A proximidade das eleições presidenciais de 2014 fez com que o cenário político se tornasse uma competição de caciques, segundo ele.
Ainda que os candidatos proclamem maravilhas a nós, eleitores, “no frigir dos ovos”, anunciado o resultado da eleição a gente sabe que terá importância o acordo de bastidores firmado no decorrer do processo eleitoral. Eis o neocoronelismo. O Brasil dividido em currais eleitorais, as discordâncias programáticas escanteadas pelas ambições pessoais e o anseio de se apropriar da máquina do poder predominando sobre a vontade do bem comum.

Para ele, não importa a aliança eleitoral que se faça, no quadro atual o resultado será ruim para a população e favorável a grupos que se apropriaram da política. Na primeira semana de outubro, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva mudou o cenário de 2014 ao não conseguir que o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade, fosse autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com essa negativa, ela migrou para o PSB, de Eduardo Campos. Agora a disputa ao Palácio do Planalto caminha para ter três candidaturas mais fortes: uma do PT, com Dilma Rousseff, uma do PSDB, com Aécio Neves ou José Serra, e uma do PSB, com Marina ou Campos.

Frei Betto argumenta que coligações como esta são feitas com base em uma estratégia que retira a importância do voto do cidadão no processo eleitoral. Nenhum candidato coloca o projeto Brasil acima de seu projeto de poder ou o projeto do seu partido”, afirma. Não sou ingênuo a ponto de acreditar que a política depende de lideranças carismáticas, ainda que elas sejam privilegiadas captadoras de votos. A melhor liderança não poderá jamais ser coerente a seus princípios enquanto perdurar essa estrutura política intrinsecamente antidemocrática, elitista e corrupta.”


Para ele, os partidos se desgastaram devido à falta de fidelidade aos seus princípios programáticos e às cartas fundadoras. =>Nos bastidores, as coligações partidárias, de olho em ter um tempo maior de televisão na propaganda eleitoral gratuita, serão armadas à base de promessas de cargos em ministérios”, explica.<=
alfio bogdan

sábado, 19 de outubro de 2013

A Folha Mente dizem Ministros do Governo Federal

A Folha mente, dizem ministérios do governo Dilma

16 de outubro de 2013

A matéria “Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz”, publicada na edição de hoje deste jornal, distorceu os fatos para levar o leitor a conclusões que não condizem com a realidade.

O programa Minha Casa, Minha Vida atende à demanda por moradia da população de baixa renda com toda infraestrutura de água, esgoto e energia elétrica necessária para o conforto das famílias, como aconteceu de fato em Vitória da Conquista (BA).
Como qualquer cidadão que adquire um imóvel novo, o beneficiário do MCMV deve solicitar a ligação do fornecimento de energia e água em cada unidade, de acordo com a sua conveniência.

Os imóveis são entregues com as instalações prontas para a concessionária fazer a ligação do serviço. Caso contrário, o beneficiário pagaria pelo fornecimento de água e luz sem estar ocupando o imóvel.
No caso específico do conjunto habitacional de Vitória da Conquista, as instalações também estão prontas e a concessionária já fez as ligações em grande parte das unidades, conforme a própria reportagem da Folha constatou no local.

Não há qualquer obstáculo para os beneficiários terem acesso ao serviço de luz, água e esgoto no momento em que ocuparem sua nova casa.
Dessa forma, é má fé atribuir ao programa do Minha Casa Minha Vida falta de infraestrutura e serviços, como tenta fazer a matéria da Folha de S. Paulo. Presta assim informação inverídica aos seus leitores.

Ministério das Cidades
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Caixa Econômica Federal

Falando de Anarquismo

NASCIMENTO E PRIMEIRO DESENVOLVIMENTO DO ANARQUISMO. — O espírito libertário ou, por outras palavras, o anseio pela liberdade absoluta, é próprio de todas as épocas históricas. Pode-se até afirmar que o Anarquismo se apresentou com semblantes heterogêneos desde a antigüidade clássica, acompanhando, de vários modos, o desenvolvimento sócio-cultural

A história dá-nos três formas diferenciadas da manifestação do fenômeno: 

a) em primeiro lugar existe a manifestação de um Anarquismo a nível puramente intelectual, em autores de excepcional ou insignificante relevo que se tornaram críticos da autoridade política do seu tempo e que discutiram a eventualidade de construir uma sociedade antiautoritária ou, pelo menos, autoritária.
Muitas vezes, mas não sempre, a apresentação de concepções libertárias coincidiu com propostas genericamente definidas como utopistas; 
b) em segundo lugar, a aspiração anárquica está ligada a afirmações de tom mais ou menos vagamente religioso. Entram, neste âmbito, todos os apelos milenarísticos de uma sociedade perfeita, onde a meditação entre o humano e o divino não precisaria de particulares supra-estruturas autoritárias e onde, mediante a eliminação destas, a sociedade perfeita poderia verificar-se imediatamente; 
c) finalmente, as duas manifestações apontadas, intelectualística uma e fideística outra, foram colocadas freqüentemente em confronto em movimentos efetivos de tipo social, geralmente rebeldes, os quais, em ocasiões históricas específicas, congregavam numerosas forças sociais, particularmente do setor agrícola, sob a forma de protesto coletivo e contestador das autoridades políticas e das estruturas sociais existentes. 

Basta pensar nas freqüentes revoltas medievais dos camponeses da Grã-Bretanha para chegarem às posições libertárias, do movimento dos cavadores (diggers) na revolução do século XVII ou nas revoltas dos camponeses alemães liderados por Thomas Munzer rebelados contra os príncipes ou, finalmente, em numerosas expressões extremas de movimentos anabatistas. As concepções libertárias só tiveram um desfecho irrevogável no mundo político do século XVIII, como primeira forma de reação e de união simultânea em relação ao racionalismo iluminista, provocando e aprofundando a discussão sobre o conceito de autoridade. 

Esta — e o exemplo iluminista é exatamente o de Rousseau — é acolhida no campo político, mas posteriormente limitada e rejeitada no plano individual. A contradição ideal presente nessa relação mantém-se intacta se bem que levada a um plano de luta política efetiva, no curso da Revolução Francesa. Nesta, o grupo jacobino, partidário maior dos princípios da autoridade e da centralização, produziu, em seu seio, forças contestadoras e libertárias, tais como, por exemplo, os enragés (os enraivecidos) assim como, no final do ciclo revolucionário, alguns expoentes de primeiro plano da conspiração babuvista pela igualdade.
A continuar.
Alfio Bogdan
Fonte: Norberto Bobbio. 



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

dan2010: Norma...Simplesmente normal.

dan2010: Norma...Simplesmente normal.: Apenas Norma! Linda, em sua vida esplendorosa , brilhava seu glamour, e agora nem sei se há sepultura, eis que cremada. O cinema brasil...

Norma...Simplesmente normal.

Apenas Norma!

Linda, em sua vida esplendorosa, brilhava seu glamour, e agora nem sei se há sepultura, eis que cremada. O cinema brasileiro, que tanto deve a Norma Bengel, assiste indiferente o “enterro de tua última quimera./ Somente a Ingratidão - esta pantera – / Foi tua companheira inseparável! Vês! Ninguém assistiu à formidável / cremação daquilo que nos restou da fera.

Quinze pessoas assistiram impávidos à formidável “cremação” de tua última quimera. Cadê? Cadê? Não veio? Como pode? São apenas quinze certificadores de tua última viagem livrando-te de tuas angústias e sofrimentos vis: Havemos Bengell, com empáfia, anuncia o Diretor do Espetáculo entregando-lhes o pote com as cinzas daquele corpo que outrora fora tão cobiçado.

Norma Bengell é cultura sim senhor/a, brilhou nas telonas e nas telinhas desempenhando com fulgor a “arte de imitar da vida”. Não só pelo primeiro nu frontal no Brasil — Ó! Ó! Você viu? Em pelo!— Nada a cobrir-lhe as partes pudentes de seu corpo próximo à perfeição.


Envergonho-me das manifestações de minha época, pois no deboche pendurávamos a condição de macho: Nada mesmo, à mostra todo o “parque de diversão”. Não me eximo da participação, pois cantávamos em verso e prosa nossa machidão. Vergonha! Porém Norma, sem norma alguma brilhava nas telas do mundo e agora irá brilhar em nossas saudades.   
alfio bogdan  

terça-feira, 8 de outubro de 2013

dan2010: O trabalho infantil coloca um fim na infância

dan2010: O trabalho infantil coloca um fim na infância: O trabalho infantil coloca um fim na infância e não agrega renda, afirma Maria do Rosário   08/10/2013 A ministra de Direitos Humanos, ...

O trabalho infantil coloca um fim na infância

O trabalho infantil coloca um fim na infância e não agrega renda, afirma Maria do Rosário

 08/10/2013
A ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, classificou a situação de crianças e jovens trabalhadoras como absurda. Em conversa com o Blog do Planalto, na cerimônia de abertura da III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, nesta terça-feira (0), a ministra destacou ações do governo federal como a relação criada entre programas como o Brasil sem Miséria e o Brasil Carinhoso à presença da criança na escola.

“O trabalho infantil coloca um fim na infância, e ele não agrega renda, já que a criança que trabalha, em geral, é da família mais pobre e para o futuro será aquela que com mais dificuldades terá oportunidades de estudo. Ela terá muitas dificuldades de superação deste marco da miséria”, afirmou.

Para Alexandre Ghisleni, coordenador pelo Ministério das Relações Exteriores do Grupo de Trabalho para a Conferência, o evento é uma prova da vontade do Brasil em transmitir sua experiência para outros países e de liderar um movimento internacional a favor da eliminação do trabalho infantil.

“Não estamos aqui para dar lições, estamos aqui para engajar pessoas, para mobilizar, para conscientizar, pra trazer mais atores pra esse processo, com vistas a universalizar o movimento contra o trabalho infantil”, defendeu.

A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, defendeu que a conferência está sendo realizada no Brasil pelo país ser uma das principais referências de redução do trabalho infantil.

“É o Estado atuando, é ter políticas públicas, é melhorar a renda da população pobre, e é trabalhar com educação. Para as crianças, educação, educação e educação”, finalizou.



Fonte: Blog do Planalto.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

dan2010: Às crianças o que são delas...

dan2010: Às crianças o que são delas...: O Brasil como um todo Olhando os rincões do “Brasil ainda miserável” com os olhos do Sudeste, havemos de concordar em parte com o texto f...

Às crianças o que são delas...

O Brasil como um todo
Olhando os rincões do “Brasil ainda miserável” com os olhos do Sudeste, havemos de concordar em parte com o texto forte, corajoso de Luciano Alvarenga, porém permito-me afirmar que tal acontecimento é decorrente do mundo atualizado, desgraçadamente subjugado pela globalização, com a família (aqui a Globo tem culpa!) subordinada às mazelas do consumismo que exerce forte reflexo em sua desestruturação e este é seguramente o mal do capitalismo implacável na região Sudeste, mesmo porque, na prática, o Estado e a sociedade falham clamorosamente ao garantir que o Estatuto da Criança e do Adolescente ou mesmo a Constituição Federal de 1988 sejam cumpridos. 

Facilitação
Muitas vezes entregamos (não generalizo) nossas crianças e adolescentes à sua própria sorte – sejam filhos de famílias pobres ou ricas. Porque encher o filho de brinquedos e fazer todas as suas vontades para compensar a ausência por conta de uma “roda viva” que, infelizmente, vai “nos devorando”. Vejamos o que se passa no “país sonho do capital”, EUA, hoje no limite de levar o mundo, já à beira, ao abismo econômico, principalmente aos países emergentes. 

Aqui e lá
Concordamos timidamente com a pedofilia generalizada, eis que por aqui, no Sudeste, o texto há que ser implacavelmente distinto daqueles rincões, onde se sabe que a baixa renda familiar, desumanamente estimulada pela industria da miséria, flagram-se crianças em trabalhos entre as atividades mais complicadas de se debelar entre os quais estão o trabalho infantil doméstico, nos lixões, na agricultura familiar, no comércio informal urbano, na produção familiar dentro do próprio domicílio, na exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, no narcotráfico. 

Exploração infantil
Denúncias mostram a perda de digitais de crianças trabalhando na industria da castanha de caju. Virgindade de meninas são negociadas no “turismo sexual”. Mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça paraense contra Claci Fátima Morais da Silva, indiciada em inquérito policial sob acusação de recrutar meninas da região Sul do Brasil para exploração sexual nas cidades de Altamira e Vitória do Xingu, sudoeste do Pará, às proximidades das obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte. 

Conclusão
Concluindo, entendo que por necessidade individual e incapacidade coletiva de garantir que essa preparação ocorra de forma protegida, muita gente acaba empurrada para abraçar responsabilidades e emularem uma maturidade que elas não têm. Enfim, tornam-se adultos sem ter base e preparadas para isso.

Alfio Bogdan - 
Fontes: (ECA, Sakamoto)