Luciane
Pinheiro:—
Bem, vamos lá...desabafo. Ano eleitoral, a mesma Mer$# de sempre: inauguração
de obras, beijinhos em criancinhas, idosos, senhoras, mocinhas, enfim em quem
der ibope, passeios em feiras livres, favelas, bairros pobres promessas, promessas,
promessas...cansei, gente, acorda, sempre é a mesma coisa, a mesma esperança de
que tudo vai mudar, que outra pessoa será diferente, odeio política, mas tenho
que estar atenta, pois muitas pessoas dependem dela (...), aprendam, político
não é um Semi-Deus, posar ao lado dele em fotos não te fará nem mais rico, nem
mais pobre, pode sim no futuro ser uma vergonha... precisamos aprender que
estas pessoas nada mais são que empregados do povo, precisam de nós para
manter-se no emprego, quando em nossos trabalhos temos um empregado que não
corresponde, é simples nós o demitimos, temos que parar de tratar estas pessoas
como especiais, elas não o são, se fizerem aquilo que está na lei já ta bom
demais, afinal quem quer laqueadura de graça, toma anticoncepcional que já é de
graça, quanto às dentaduras, se escolhêssemos melhor quem nos representa,
talvez não precisássemos de dentaduras... meio cansada de promessa, de sorrisos
falsos, de gente que quer se encostar, política não é emprego, deveria ser um
ideal, viver do seu suor, do seu sustento, e não do status da função... Sofro
em acreditar que milhares de pessoas podem ser manipuladas por alguns.... gente!
Nós não sabemos a força que temos quando unidos.... não para algazarras e
manifestações bizarras, temos inteligência suficiente, para sabermos como
podemos virar o jogo... fica exposto o seguinte
para se pensar: cinco milhões de judeus foram exterminados, milhares seguiam
para a câmara de gás sob a mira de poucos soldados, apesar de minados pela
fome, frio e tortura... eles eram a maioria, sei que é fácil falar e opinar do
que não se viveu, eu não vivi, não vi, somente assisti documentários de
gravações, mas eu digo alguns morreriam,
mas a maioria, iria dominar o campo, assim estamos nós, aceitando que uns
poucos nos dominem, nos levem a crer que tudo está uma maravilha, que tudo é
assim mesmo, acreditem não é, cabe a nós fazermos a diferença...
Sua narrativa é de
uma veracidade inconteste, resgatando coisas que trazemos em nossas memórias,
pelo menos àqueles que sempre se propuseram pela verdade e pela consciência nas
coisas do Município, do Estado e da União. Em 64 veio o golpe que tinha como
propósito silenciar as consciências e seguir a orientação vinda de Washington.
Tanto o foi que a
educação, primordialmente, de orientação européia submeteu-se ao ensaio Mec-Usaid.
O efeito sobre o ensino no brasileiro foi um desastre, uma lástima. Nosso povo
desaprendeu a aprender e a individualização tomou conta da sociedade
dificultando a agregação o conjunto a união, a unidade cada dia mais difícil.
Quando vc clama pela união dos seres (o
fez muito bem sobre a maioria submeter-se aos poucos soldados dominantes) é
coisa que clamávamos quando da necessidade de união entres as pessoas. Individualidade
levou o cidadão a submeter-se à corrupção ativa e passiva. Fabio Konder
Comparato numa proposta lúcida levou ao Congresso via OAB o que veio a ser PL
4.718 cuja aprovação traria resultados benéficos uma vez que viveríamos, se
aprovado, a democracia participativa que é uma das alternativas em poder virar
o jogo. Enviar-lhe-ei cópia pelo e-mail que me emprestou. Luciana, com pesar
digo que ainda não será esta vez que haveremos de virar o jogo, infelizmente.
Leia o texto do PL 4.718 e depois nos falaremos. Bom, muito bom conhecê-la.