"Vejo com tristeza uma
ação dessas. Um monte de gente que quer proibir que outras façam reunião só
porque têm pensamento diferente deles. Curioso, não?" — Clóvis Bandeira —,
por ocasião ‘dos particulares’ festejos comemorativos do “golpe de 64”. Curioso é a desfaçatez com que comemoram
aquilo que é, ainda hoje, motivo de embate no judiciário e lembrado como “tortura nunca mais”.
Curió, ao melhor do estilo de
“capitão do mato” recebendo apoio do judiciário no que pese a postura do STF
quanto ao seqüestrador e torturador, pois, é assim que agia: seqüestrava e
aprisionava os guerrilheiros os quais ainda estão desaparecidos.
Recém
eleito presidente do STF, Ayres Brito assim se manifestara sobre o torturador: "O
torturador é um monstro, é um desnaturado, experimenta o mais intenso dos
prazeres diante dos mais intensos sofrimentos”. Comungo com ele e com os manifestantes os sentimentos sofridos e repúdio
aos seqüestradores e torturadores. Comemorar a ditadura só mesmo para aqueles
que negam “sentimento
humanitário”.
Ainda mais uma vez, a
manifestação contrária á força e ao peso do chumbo passa pela agrura da opressão.
À menor manifestação, lá estão com suas armas de choque, spray de pimenta e
bombas de efeito moral a subjugar a manifestação cívica.