quinta-feira, 5 de maio de 2011

titulos, apenas títulos!!!

Novas condenações de militares na Argentina (O Tribunal Oral Federal condenou à prisão perpétua o ex-general Eduardo Rodolfo Cabanillas pela prática de cinco homicídios qualificados e a privação ilegítima da liberdade de 29 pessoas). Izaías Almada e o drama dos desaparecidos (O texto inédito de Almada, adaptado e dirigido por Gilson Filho, conta a história de uma família que encontra o corpo de seu pai, um desaparecido da ditadura militar brasileira). 
Quem tem medo da verdade? (Passar à resistência clandestina era a opção de colocar a própria integridade física em risco). Sem esquecimento, sem perdão, sem temor. (O golpe de 1964 não é apenas passado, nem foi só obra de generais hoje aposentados e mortos). Comissão da Verdade: "para funcionar, só com pressão social". A mídia e o golpe militar de 64( Um padre amigo me citou certa vez um trecho do Evangelho de São João: “queiram a verdade, porque a verdade vos tornará livres”). O que a falácia da ditabranda revela sobre o presente (A escolha do termo "ditabranda" pela Folha de S. Paulo para caracterizar a ditadura militar brasileira não foi um descuido lingüístico). A década em que vivemos em perigo (O caminho que acabou por levar ao golpe começou no segundo governo de Vargas, em fevereiro de 1954, com o “Manifesto dos Coronéis”, documento assinado por quase uma centena de oficiais superiores). Promovendo um debate público sobre a Comissão da Verdade (Diversamente que preconiza uma certa mídia, fazendo eco a interesses patronais e a receios no tocante à exposição pública do seu papel durante a ditadura militar, a experiência internacional das Comissões de Verdade não abona a tese do risco de confrontos sociais). A cepa de 64 segue viva em 2011(Bolsonaro tem sido tratado pela mídia conservadora como uma excrescência. Um ponto fora da curva). 
O discurso de Jango no Comício da Central do Brasil (Trecho do discurso de João Goulart no comício da Central do Brasil, dia 13 de março de 1964). Golpe de 1964: os jornais e a opinião pública (Estudar e conhecer melhor os vínculos dos grupos de mídia com a articulação golpista do início da década de 60). O significado da democracia (As conspirações contra as instituições e as demonstrações de insubordinação nos anos 1950 e 1960). Militares chilenos condenados (Os três militares chilenos foram condenados a 10 anos de cadeia pelos homicídios, cometidos em outubro de 1973). 
Senado do Uruguai anula lei da Anistia (O Senado uruguaio aprovou o projeto interpretativo que anula a Lei da Caducidade.). Uma onda incontrolável. Prisão perpétua para ex-ditador (Justiça argentina condena general Reynaldo Bignone, último chefe da ditadura militar à prisão perpétua por crimes cometidos contra a humanidade). Decisão inédita: crime de tortura não prescreve, diz Justiça no RS (Tribunal de Justiça gaúcho condenou Estado do Rio Grande do Sul ao pagamento de R$ 200 mil a torturado durante a ditadura militar).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A semente do medo


por Mauro Santayana

Os Estados Unidos celebram a morte de bin Laden, e um ex-embaixador brasileiro considerou-a “espetacular”. É melhor ver a morte de qualquer homem, bom ou mau, como a morte de parte de nós mesmos. Como no belo poema em prosa de Donne, any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for theeA morte de qualquer homem me diminui, disse o poeta, porque sou parte da Humanidade, e, por isso, não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por você. 

Todos nós morremos um pouco, quando as Torres Gêmeas vieram abaixo, e todos nós morremos quase diariamente com os que tombam e tombaram, na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, na Costa do Marfim, no Realengo, em Eldorado dos Carajás, na Candelária e nas favelas brasileiras.


Os americanos comemoram nas ruas a morte de bin Laden, enquanto nos países muçulmanos outros oram pelo homem que consideram mártir. Como parte da Humanidade, talvez não nos conviesse  a euforia pela execução sumária de bin Laden, nem a consternação por sua morte. Os atentados de Nova Iorque –  de resto, nunca assumidos de forma cabal pelo saudita – foram  crime brutal contra a Humanidade, bem como todos os atos de terrorismo, ao longo das duas últimas décadas. Mas a vingança exercida pelos comandos norte-americanos não pode ser aplaudida. Foi um ato de guerra, cometido contra a soberania do Paquistão, desde que ao governo de Islamabad não foi solicitada autorização prévia para a operaçãosegundo informou o diretor da CIA, Leon Panetta.